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Pedras nos bolsos

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Foto: Hiilili Kokko (figura de Katsina). The Met. .. Fez pouco sol e a chuva pegou os transeuntes de surpresa. Eu estava em casa, andando para lá e para cá, com pesos nos bolsos e me afogando em minha realidade. Apenas sufocando com ar. As nuvens, de repente, pesaram ainda mais e a luz diminuiu. Fora ficou igual a dentro. E nenhuma música foi ouvida. E tive que remexer em recentes  machucados, olhar para sangramentos e inflamações e tratar, não por cuidado, mas por necessidade social. Ninguém vai entender. Nunca vai entender. Nem mesmo quando, um dia qualquer, eu tiver ido para além-disso-aqui. Não há palavras. Não há momentos. Não há estados. Só o estar com o nariz na tensão superficial que é esses dias. E o que eu quero não importa, raios e trovões serão um alívio e um dilúvio será menos que o esperado.  Quantas vezes o mundo acabou desde 2012?

Mais uma Greve Geral

Estava analisando a tal da Greve Geral que pretende parar o País nessa quinta-feira, do ponto de vista prático. Mas não tem nada prático. A classe dos docentes, das Universidades Federais, não apoiaram as manifestações passadas. As demais também não. E agora forçam todos a parar como se isso fosse um desejo geral. Convenhamos, existe muita gente reclamando de “barriga cheia”. Alguns serviços, se não pararem por completo, irão ter suas atividades inutilizadas. Outros, que já são deficitários pela incompetência habitual, nem terão sua ausência tão notada assim. Por outro lado, essa tal Greve Geral é apenas para que digam que as manifestações passadas são ou apoiadas ou fruto da insatisfação dessas classes que se mantiveram omissas e alheias enquanto o povo, principalmente os estudantes, lutavam por melhorias na Educação, Segurança, Transporte e outros. Greve Geral... talvez fosse melhor dizer comodismo geral e partidário cujo único objetivo são as eleições do ano que vem; ou, quand...

O ano mais longo da história

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Dominique LeComte No ano acadêmico mais longo que já existiu, crianças foram concebidas entre o cálculo de curva e a discussão filosófica de tudo o que é permitido e proibido entre as quatro paredes de uma sala de aula universitária. Um período que desafiou a paciência de discentes bem humorados e a sacanagem de docentes mal intencionados. O ano em que o Papa renunciou em pleno Carnaval, em que foi anunciado a construção do Templo Mórmon do Rio de Janeiro, em que inúmeros desentendimentos provocaram vários finais inesperados entre almas não-gêmeas. Um ano que entrou no calendário alheio e fez 13 virar 12 por força das circunstâncias e dos fatos.  Nesses dezessete meses, foram tantas as inovações que surgiram, tantas outras oportunidades que apareceram do inesperado cotidiano, tantas partidas, chegadas e despedidas que somente o tempo fará a poeira assentar sobre os móveis velhos que, como o 2012 que insiste em não terminar, resistem às intempéries. O clima sempre foi ...

Bom horário Cretino!

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Começaram a corrida para comprar votos! E, do nada, os vizinhos estão falando-se, os empresários estão bonzinhos, os políticos habituais estão “normais” e um clima de insegurança ética instalou-se mais fortemente nas cidades brasileiras, inclusive nas cidades pacíficas alagoanas. Enquanto a corrida por um lugar no serviço público ferve com os “segredinhos” eleitoreiros, a população leva sua vida submissa e sem planejamento estratégico. Até mesmo os bandidos sabem que é preciso coragem para atentar contra a ordem geral. E a feira de fotos começa a se formar, as incompetências também são escondidas, e, assim como os mortos, todos são santificados. Nobres senhores elegíveis e inelegíveis! Alguém aí está a fim de assistir ao maravilhoso horário eleitoral?