Benjamim
Chico Buarque sempre escreve de um modo que se atenção não estiver concentrada no papel à frente o fio da meada do enredo se perde. E para reencontrá-lo é complicado. Em Benjamim o leitor encontrará uma história chata, outro velho problemático, uma morte certa e várias indecisões. Buarque torna o amor no que ele é – um problema, principalmente para quem não têm com o que lutar. E Benjamim, uma celebridade falida, vivendo sob as mais diversas circunstâncias que volta e meia trás o passado, representa o amante fraco, desiludido e estúpido que corta o tempo e resiste a corpos, nomes e endereços. Um livro cansativo, mas que é bem intrigante e particular; um personagem decrépito; uma leitura que significa enfado para muitos. A crítica aclamou Benjamim. Eu digo somente que segue o estilo de Buarque e que retrata muito bem uma época do Brasil e que representa sem pudor e com ousadia a literatura nacional. Sem os exageros dos bajuladores, o livro pode ser descrito apenas como bom. ...