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O por do sol

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Foto: Palmeira dos Índios - AL. Rafael Rodrigo Marajá. Falam muito do por do sol e sempre fazem referência ao livro de Antoine. Aí eu pergunto: adianta de que estar sentado em frente a uma tela de computador, reproduzindo a mesma frase regularmente, se quando o sol se põe ninguém está lá para ver? O sol queima, irrita, estressa, adoece, embeleza e enobrece e quase ninguém está interessado realmente nele, apenas em dizer que está ou numa melancolia falsa ou em um amor interessante. Enganação entre si e outrem, apenas. Uma perda de tempo tão grande que poderíamos construir um bem sucedida multinacional em tempo recorde se juntássemos esse povo todo que é "fã do por do sol". Tenho para mim que frases ditas, digitadas e reproduzidas não possuem valor algum. Não agregam valor a nada nem a ninguém e que só serve para destruir as obras literárias enquanto vulgariza os elementos naturais. O por do sol não é nada disso o que dizem. Aliás, ele não nada fora do normal. Ano...

Entrevista com Renata Ventura

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Renata Ventura em bate-papo com alunos das escolas Públicas Durante o III FOCULT - Fórum de Cultura e Territorialidade - e o I FLIJUPIN - Festival do Livro InfantoJuvenil de Palmeira dos Índios, a escritora Renata Ventura conversou comigo sobre seus livros, suas experiências e projetos na literatura. Renata, sempre muito simpática, voltará ao campus, esperamos, e é um prazer recebê-la. Esse bate-papo exclusivo encontra-se apenas aqui, por enquanto e espero que gostem! (Diferentemente do padrão, em que todas as entrevistas são escritas, o modelo gravado foi o mais oportuno e está dividido em quadros - dada a limitações técnicas.)

Mudança destrutiva

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Foto: Palmeira dos Índios - AL. Rafael Rodrigo Marajá Aceitar as mudanças é necessário. Tolerar mudanças ruins é escolha. Em Palmeira dos Índios as praças, que já não passam por uma reforma há anos, começaram a ser destruídas pelo Governo Municipal para 'oferecer qualidade de vida'. No entanto, considere: a) o prazo para entrega das obras não é respeitado; b) os projetos não contemplam a arborização dos espaços públicos; c) O conceito empregado em cada praça não valoriza a história municipal. E como poderia ser melhor? Se os vereadores eleitos fossem cobrados, se os moradores de cada bairro afetado reivindicasse o cumprimento dos prazos e um projeto decente, submetido à aprovação popular, se a fiscalização fosse acirrada - isso tudo se o povo não tivesse vendido seu voto por  uma viagem de ambulância ou qualquer cinquenta reais. Enquanto isso as ruas da cidade não são reformadas, a verdadeira qualidade de vida dos munícipes e dos visitantes, em qualquer rua ...

Buscando a alma #6

E apesar de tudo,                                 do silêncio                                 da falta                                 do amor                                 do sal do gosto                                 do desgosto amargo Prefiro a danação eterna, de hoje em diante e para sempre. (De quando só o tempo cura).

Buscando a alma #5

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Foto: Alagoas- trecho Palmeira dos Índios - Arapiraca. Rafael Rodrigo Marajá. Um dia você verá, com a clareza nítida das manhãs de verão, que não foram os litros de álcool que a fez ser feliz, nem foram os músculos alheios que a fez vibrar. Verá que foi sua fuga de mim e de minhas nada relutantes palavras que a estremeceu em outros braços, que a embriagou, que a impressionou. E então, quente demais para respirar, frio demais para sair, tarde demais para olhar o passado, quererá que minhas correntes a amarre à realidade fantástica da vida - e eu aprisionarei a sua alma à minha. Nesse dia, embora muitas paixões já tenha desatinado minha cabeça e trincado meu coração, estarei de pé, encostado à parede de um lugar qualquer, esperando que seu corpo seja o obstáculo da minha visão, a prisão do meu estado livre. E se me perguntarem o que é o amor? Ora, direi que são olhos clareados, uma pele tingida e um não querer querendo. (De quando o tempo não para e exige ações de quem...

Amor sem perdão

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Trecho de O Tamanho do Céu Amar é nunca ter que pedir perdão.   Essa é uma oração de Thrity Umrigar, em O Tamanho do Céu e que chama a atenção para algo que comumente não nos damos conta - perdir perdão. As teorias, baratas, sobre o amor, as maneiras como amar, as formas de ser amado(a) e a relação amor e sexo discorrem sobre como o homem deve se portar, como a mulher deve ser e quantas vezes devemos pedir desculpas ou perdão. Uma balela que inunda as redes sociais e atrapalha casais, solteiros e desiludidos. Considero que se amar é uma ação que requer pedir perdão, ainda que esporadicamente, então o caminho está errado e há de se reavaliar esse "amor". Erros, responsabilidades e acertos são elementos do processo natural em que duas ou mais pessoas se dispõem a viver e que chamamos de relacionamento amoroso. E para quê esses pedidos de perdão, tão regularmente vistos? Para ressaltar, ao que parece, o amor. Digo que se esse sentimento precisa ser ressa...

Buscando a alma #4

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Foto: Orla lagunar. Marechal Deodoro-AL. Rafael Rodrigo Marajá Ainda hei de dizer                                 [baixo como um sussurro] que é a cor dos seus olhos minha a distração a minha perdição o lábio molhado que são meus os seus pés insistentes rebeldes que é seu meu pensamento o meu tormento que no dia vindouro nem todo ouro me afastará de você.