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A saudade que a gente não entende

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cena do filme Capitães da Areia Interessante: de repente amores que vão provocam saudades, íntimas, pequenas, fracionadas em doses diárias. E é aí que habita o diabo! Entre uma fração e outra de saudade muitos indivíduos ligam para seus antigos amores para sabe-se lá o quê! E não é preciso mencionar o depois dessa procura. No entanto, uma discussão interessante nessas horas é: existem amores antigos? Para ser sincero, essa história de amor já é dúbia no sentido de existência e sobrevivência. Já quando a conversa migra para ex-amor tenho certa rigidez em alguns pontos: a) não existe ex-amor; b) se alguém usa essa expressão para designar alguém, salvo o samba, é porque nunca nem foi paixão. Compreendo os saudosistas que buscam nas cortinas do passado bons momentos. Portanto, busque relembrar bons momentos sem esquecer que boas pessoas se tornaram más e desrespeitosas. Quando se entende isso, a saudade não afeta negativamente e a vida fica muito mais tranquila.

A UFS tem lá suas vantagens subjetivas.

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A principal vantagem da UFS é que você caminhar entre os corredores e passarelas sabendo que existe um muro, baixo e inseguro, que o separa do mundo exterior e que mesmo assim, com toda a aparência de insegurança, pode caminhar tranquilo. CCET/CCBS. UFS. Muitas pessoas ficam na Universidade o dia inteiro e o que se pode perceber é que há alguns que podem andar de olhos fechados e ainda assim não escorregaram nem numa folha das árvores – seja dia ou noite. No entanto, o que quero que seja notado é o seguinte: o eterno verão que é a capital sergipana torna o campus de São Cristóvão – que por questão de 10 cm torna-o do município que o nomeia-, agradável, ventilado com o leve som das folhas na área verde e refrescante onde árvores não têm. É claro que entre o CCET e o CCBS já houve casos de abusos morais e atentados à integridade feminina, que corre à boca pequena e em alto e bom som. Aparentemente parou. Mas não precisa ser muito tarde para aproveitar a calma e o silêncio ...

Sobre Laboratórios

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Os cursos de ciências exatas e tecnologias praticam muito a arte da comprovação de teorias através da prática laboratorial. É laboratório de Física A, B e C, Instrumentação Elétrica (para a Engenharia Elétrica/Eletrônica) e assim até um sem-fim de práticas que podem ser "facilmente comprovadas".  O legal do laboratório é, no entanto, minimizado pela quantidade de atividades, em um mesmo experimento, que o aluno deve realizar para fazer o relatório.  Convenhamos que se as atividades fossem resumidas os alunos se divertiriam mais e os professores teriam menos trabalho. Essa é uma doce ilusão que os criadores das ementas não alimentam. Mesmo assim, se o docente for legal, pode-se ter diversão, tendo ou não aprovação na matéria no final - afinal isso é consequência de vários outros fatores. Um fato importante que os discentes devem sempre questionar é a necessidade de muitas atividades em disciplinas de laboratório e o quanto elas são realmente necessárias. Cabe ao doce...

Dom Casmurro

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Uma das obras mais tratadas e discutidas da literatura brasileira não responde, claramente, à pergunta fundamental que está no cerne de sua essência: Capitu traiu Bentinho? Há quem centre sua atenção nesse detalhe e esqueça dos olhos de ressaca de Capitu, da insegurança de Bentinho, das colocações referentes à classe social daquela e perdoe as imprudências deste. Machado de Assis, em sua linguagem brasileiríssima que não merece ser adaptada para o analfabetismo do século XXI, leva o leitor a discutir o amor sob a ótica da praticidade cotidiana. Mais que isso, mostra que o amor não precisa ser meloso, com vozes arrastadas e flores em demasia para ser amor intenso e verdadeiro de fato. Capitu, linda, atraente, interessante atrai olhares, conversas, o mundo. É a representação do indivíduo bem-sucedido que pode envolver-se em uma relação sem comprometer a dignidade de seu intelecto. Bentinho, com a sua inexperiência, insegurança, exemplifica o que existe até os dias atuais – ...

Adeus, Orkut!

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Perfil no Orkut O Orkut, depois de uma onda de sucesso que tomou conta de lan houses  e da vida social dos brasileiro – e não só destes-, teve seu fim anunciado com os assíduos usuários partiram para outra rede, mais dinâmica, expressiva e interativa, ainda quem bicolor e esteticamente sem recursos visuais interessantes, o Facebook. Agora, a Gigante da Web decidiu por fim de fato àquela que foi o embrião da vida social exposta e comentada. O Orkut deixará de existir e passará a ser apenas lembranças de um dia em que você ia ao ponto de acesso mais próximo apenas para olhar um scrap ou deixar um depoimento no mural de alguém. Os arquivos carregados, para quem agora é +Google, estará a salvo. Para quem não é... sabe-se lá por quanto tempo. Por enquanto a rede social azul e branco está dando certo, com sinais de cansaço e irritações pela quantidade de propaganda. Até vir outra e fazer o sucesso desta de outrora. E assim caminha o mundo das redes sociais. Ao Orkut ...

Forças Armadas - hora de discutir questões

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Brasão do antigo Estado-Maior conjunto das Forças Armadas As Forças Armadas continuam com sua modinha de "defendemos o Brasil!", "Somos Mão Amiga", "Promovemos a Cidadania". E tenta, com as mais medíocres propagandas, convencer os jovens que o melhor para eles e para a Nação é o ingresso em qualquer das Forças. Só tenta e não convence muito. Não é de hoje que soldados, das mais diferentes graduações, abandonam as Forças Armadas por serem mal pagos ou não terem o reconhecimento que merecem. Já houve até notícias de depoimentos dos que optaram pela vida civil em jornais impressos e digitais. E, apesar da não propaganda contra, ninguém esquece, mesmo os mais jovens - nascidos após a redemocratização de 1988, do período em que os militares ocuparam a cadeira de Presidente da República. Essa lembrança, ainda que vaga para uns e vívida para outros tantos, é suficiente para que não haja o amor ao patriotismo fomentado pelas propagandas do Exército...

Eu e outros cronistas

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Em breve será publicada a Solilóquio – Antologia de crônicas – organizada pela Cogito Editora e pelo Blog da Gaivota. Será a segunda participação em produções da Cogito e a segunda de 2014, agora em um estilo diferente. A crônica participante, inédita, é de um tempo atrás, não muito distante, em que, sem saber o que dar de presente em um certo aniversário, escrevi um texto singelo. Anístico é presente e homenagem que agora se torna imortal aos olhos do publico ao integrar a Solilóquio. Como no caso da poesia, não me considero escritor, apenas alguém que de vez em quando acerta no ponto das letras. Solilóquio será lançada em setembro, mês em que Anístico foi escrita e dada.  E, em breve, vocês conhecerão esse inédito.