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Nara Leão: A Musa dos Trópicos

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Não é difícil ouvir, por aí, uma confusão entre os conceitos de Bossa Nova e Música Popular Brasileira. E da mesma maneira comum, não é fácil ouvir falar de Nara Leão, Elis Regina, da Bossa Nova e da história brasileira através da música, da boa música. Também não é razoavelmente encontrável uma obra que tenha tudo isso, raridades, e que ainda pareça um romance, que embala o leitor na vida e obra de quem é alicerce. Capa da Obra É assim que é Nara Leão: A Musa dos Trópicos , do escritor e jornalista Cássio Cavalcante . Na obra, Cavalcante torna a Nara, cantora, a companheira do leitor amante da música; torna Nara, a pessoa particular, um exemplo de querer o melhor, mesmo pagando os custos da fama ou do autoritarismo; torna Nara, a amiga, em um exemplo de amizade. Torna Nara em Musa, ou melhor, evidencia este fato. Nara Leão: A Musa dos Trópicos pode se entendida como meio biografia meio romance; meio Brasil meio Mundo; meio partitura meio letra – sempre canção. De tudo ...

Entrevista com Lízien Danielle

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Lízien Danielle A conversa de hoje é sobre literatura, erotismo e escrita com a escritora Lízien Danielle, que escreveu seu primeiro romance aos quatorze anos e não parou mais. Lízien é graduada em letras e especialista em língua portuguesa com ênfase do leitor, o que nos leva a concluir que é uma especialista em transportar o leitor ao mundo mágico da literatura. A baiana fala-nos sobre sua experiência na literatura e sobre suas visões acerca dos caminhos por onde anda.  Rafael Rodrigo : Lízien, o que escrever significa para você? Lízien Danielle: Transportar para o papel um mundo imaginário só meu que divido com meus leitores. R.R. :  Em seus livros, até que ponto está o personagem e até onde vai a Lízien, escritora, nas histórias? Lízien: Minhas personagens são todas fictícias, mas há um pouco da minha personalidade em cada uma delas. A personagem é sempre o núcleo de tudo. Eu entro quando começo a induzi-la a pensar como eu pensaria s...

Brasil

Meu rosto tem um olho que é tão negro quanto a pele dos trabalhadores vindos da África e uma visão tão aguçada quanto o olhar resistente do sertanejo nordestino em meses de seca. Tem outro globo ocular que cintila no azul turquesa dos colonizadores do sul cuja beleza valsa ao som do desenvolvimento e tecnologia vinda de outras nações. Um rosto de um país inteiro. País que verte em seus rios as revoluções e as lutas pela igualdade de gênero e de direitos; uma Nação que busca sua independência todos os dias, no mais límpido processo de evolução natural. Brasil. País que possui a história das cicatrizes do homem estivador que lutou contra a ditadura e da juventude que tomou o poder no Congresso. Dessa forma, a Nação que se reforma é um País unido e enriquecido pelas lutas e pela inaceitável condição de desrespeito do Poder Público, apesar de eleito pelo próprio povo, e pelo novo cenário econômico e social que se estabelece desde a primeira década deste século. O Brasil que está send...

O Rouxinol e o Imperador da China

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O que faz uma obra literária tornar-se um clássico da literatura universal? A resposta pode não ser nada fácil, entretanto pode ser bem entendida pelo leitor leigo que ao ler um dos clássicos e perceber a intensidade dos sentimentos através de palavras simples, colocadas no lugar certo, no momento preciso em que a emoção materializa-se em palavras, sente-se integrante da história, adaptada ao seu próprio tempo  e lugar. É em um caminho como esse que Hans Christian Andersen criou um das mais impressionantes e tocantes obras de todo o planeta: O Rouxinol e o Imperador da China . Nela, Hans constrói não apenas um amontoando de palavras nas quais o leitor pode desenvolver suas próprias conclusões, mas um lugar, literalmente, onde qualquer pessoa, de qualquer idade, pode compreender o significado de pessoas, animais e eventos realmente important es na vida de quem lê e na sociedade. Ilustração do conto Andersen ultrapassa o limite conceitual de infantil e adulto e escreve co...

Do Amor?!

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by Nokia Amor, dizem, é aquilo que faz sorrir quando a pessoa amada se aproxima.  É aquele riso involuntário que insiste em ficar no rosto, quando o ser amado vem, passa e fica. Um riso que constrange de tão alegre e aberto. Uma expressão do mais alto grau de denúncia. Paixão fluente Desejo ardente Do amor?! Nossa que horror E quem, ao ver chegar, aquele amor, não sorriu? Da lealdade?! Que maldade O amor que é um bobo Amor é prisão libertária, fase solta de um corpo que voa como folha seca do outono para o lugar seguro dos braços alheios, sempre presentes. O amor também é triste, sempre que o motivo do riso se vai. Sempre que a falta de motivos é um motivo para não existir mais a paixão, semente bombástica desse amor. Bobo seria perder-se-ia Se algum dia Amar iria Versos da Poesia, Amor?!, de Naillys Araújo. Prosa de Rafael Rodrigo Marajá  Sessão: Prosa e Poesia. Parceria.

Um domingo sincero

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A Cidade do Amor, Palmeira dos Índios, à noite “Então volta, traz de volta o meu sorriso” canta o Araketu em uma das verdades inexoráveis que o homem costuma acreditar, principalmente no domingo, quando a preguiça instala-se entre a porta e a cama. Uma verdade difusa, aberta a contestações. Dúbia. O indivíduo deixa o outro fazer consigo tudo o que ele mesmo permite. E aí, sem razões lógicas, ouve-se, de domingo a domingo, milhares de pessoas reclamarem de seus sorrisos perdidos por esse ou aquele alguém, por aquele ou esse motivo. Tudo uma mera ilusão que vivem por acreditar que outrem pode ser a razão da felicidade. E se o sorriso, que sempre vem junto com a figura de alguém, não mais aparecer? E se tudo acabar, sem aviso? E se uma mensagem de texto, atrasada, chegar revelando todo o trágico fim de uma felicidade? E se essa felicidade nunca existiu de verdade e o que acreditava ser um saudável relacionamento não passou de uma solidão vivida por dois? Da preguiç...

Vamos jogar, certo?

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Solenidades da Independência são ótimas. Lembranças dos Marechais também. E as notícias também foram agradáveis para a maioria da população brasileira no que se refere ao escândalo da corrupção dos mensaleiros. E já que é o feriado, um dos mais importantes para a história nacional, há uma sugestão interessante a ser adotada pelo Governo brasileiro: a volta dos cassinos! Os cassinos deveriam ser permitidos no Brasil, para os maiores de 60 anos ou/e aposentados, com pequenas participações para quem alcançar a idade de 50 anos. Por quê? E por que não?  - Cena de 11 Homens e um segredo Com casas de jogos presenciais, devidamente autorizadas, as casas lotéricas, em todo o território nacional, teríamos menos idosos inchando as filas apenas para fazer jogos, as pessoas iriam gastar menos tempo em filas e todos seríamos felizes  - com filas menores. E as lotéricas continuariam suas transações bancárias. Claro que alguns irão dizer que jogar é pecado. Depois dos 50/60 a...