Brasil

Meu rosto tem um olho que é tão negro quanto a pele dos trabalhadores vindos da África e uma visão tão aguçada quanto o olhar resistente do sertanejo nordestino em meses de seca. Tem outro globo ocular que cintila no azul turquesa dos colonizadores do sul cuja beleza valsa ao som do desenvolvimento e tecnologia vinda de outras nações. Um rosto de um país inteiro.
País que verte em seus rios as revoluções e as lutas pela igualdade de gênero e de direitos; uma Nação que busca sua independência todos os dias, no mais límpido processo de evolução natural. Brasil. País que possui a história das cicatrizes do homem estivador que lutou contra a ditadura e da juventude que tomou o poder no Congresso.
Dessa forma, a Nação que se reforma é um País unido e enriquecido pelas lutas e pela inaceitável condição de desrespeito do Poder Público, apesar de eleito pelo próprio povo, e pelo novo cenário econômico e social que se estabelece desde a primeira década deste século. O Brasil que está sendo construído nas ruas e nos postos de trabalho tem a cara do povo, dos antepassados e das futuras gerações; tem a capacidade de inovar-se frente os desafios de uma economia Internacional globalizada; e tem o poder de impor-se frente os novos desafios sociais e paradigmáticos da humanidade.
Esse Estado tem a cara de seu povo e os traços de sua história norteiam as ações que geram o caráter dos próximos governantes, industriais, trabalhadores diversos que moverão o País com a mesma determinação que realizam seus pedidos de melhoria nos Poderes constituídos. Esse Brasil, atual, tem a cara de seu povo. O vindouro terá a expressão desse rosto com as perspectivas históricas.

À parte a história das sobrancelhas e a economia do nariz arrebitado, a aspereza e a suavidade duelam nas ruas desse imenso continente sulista que se chama de Brasil cujo povo imprime das mais diferentes maneiras suas percepções, esperanças e lutas para a criação de uma sociedade mais justa e equilibrada, apesar dos paradoxos existentes. 

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