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O ritmo aceitável

É comum que as pessoas não lutem por seus ideais, por seus verdadeiros desejos. Fingir é mais fácil. Mais cômodo. Mais aceitável para quem observa de fora. É comum que as pessoas se apeguem ao que já está pronto. Aquilo que já está instituído é normal, justo ou qualquer coisa parecida para a fragilidade do ego que habita a tal da normalidade, base da insegurança geral, de uma parte considerável dos indivíduos. O que não é considerado prático é “chutar o balde” e começar a fazer aquilo que se gosta, ou o que se quer, quando se quer, e da maneira que achar mais adequada. Quem disse que é preciso ir todos os dias para a aula? Quem disse que é obrigatório falar correto sempre? Quem disse que é preciso estar sempre em um relacionamento amoroso para amar? Quem disse que é necessário casar para ter uma vida de agonia dupla? Quem disse que é preciso estressar-se com o engarrafamento? Quem disse o quê? Acredita-se muito nas convenções que são estabelecidas ou p...

O Ninguém

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Ninguém verá os meus sonhos nem todas aquelas necessidades que surgem quando a luz apaga, a febre ataca, a chuva cai e todos dormem. Ninguém ouvirá as necessidades que saem de debaixo da cama quando a bateria descarrega e a mente passa a funcionar obstinadamente para alcançar um único ponto no passado. Ninguém manda mensagens no meio da madrugada, depois de anos-luz separados por um silêncio provocado pelas mais ousadas expressões. Ninguém manda beijos via fibra óptica, que levam dados pelo mundo. De repente, Ninguém ganha um nome, um rosto e um baú de recordação e motivos para permanecer na obscuridade da saudade, do anonimato que faz tanto bem à sanidade de um estado que só floresce na madrugada. Então, não de repente, não sem as amenidades que rugem na memória dentro do tal baú, a noite deixa de ser fria, esquecida e isolada, e passa para seu estado de constante metamorfose em que a distância e o tempo são elementos que só existem na pequenez de um cronograma rigidamente seguid...