Postagens

Mostrando postagens com o rótulo cultura

A beleza do Candomblé

Imagem
A beleza do candomblé está no relacionamento entre homens e Deuses e no fato de que estes nunca estão suficientemente longe para que não cuidem dos seus filhos. Uma religião que mostra que o respeito e a delicadeza podem estar de mãos dados com a força. Uma religião cuja história revela a história do povo brasileiro e que, por essa razão, é vítima de ataques e de preconceitos daqueles cuja raiz é negra e religiosamente candomblecista.  Tal sentimento do belo decorre da dança, da música, do respeito, da comida, da tradição, do idioma e da deferência entre os próprios Orixás e entre homens e Orixás.  Que o amor que Oxalá sente por seus pares e por seus filhos se estenda a todos aqueles que demonizam o que é diferente fazendo com que as barreiras que impedem o crescimento espiritual de todos nós sejam vencidas por esse amor. Que sejamos negros, na alma e na força do nosso axé.

2ª SEMAC - Ninguém vai respeitar

Imagem
A Universidade Federal de Sergipe cancelou todas as aulas a partir do dia 24 até o dia 28 de novembro para realizar a Semana Acadêmico - Cultural, onde teoricamente todos os alunos irão participar e os trabalhos de pesquisa e extensão serão apresentados. Teoricamente. Na prática nem metade dos professores estarão para "prestigiar". Mas não é para isso que quero chamar a atenção. E sim para a organização do evento. Camisa oficial da  2ª SEMAC A Universidade, veja só!, está oferecendo 20h comprovadas por certificado para os "monitores" trabalharem a semana toda, realizando todo tipo de tarefa para que a SEMAC seja realizada. Seria ótimo não fosse trágico! Os monitores são convocados, voluntários - evidentemente -, para auxiliar nas apresentações e sequer o almoço a Organização pensou em oferecer. Das 7h às 18h os trabalhos que só interessam ao bolsista pesquisador serão expostos e o mais importante é que os voluntários irão receber é um certificado, apenas...

Bienal do Livro de Alagoas

A Bienal do Livro de Alagoas está para começar, após alguns outros eventos como a Bienal do Livro de Pernambuco e a Festa Literária de Marechal Deodoro, e o Estado parece não ter percebido, ainda, que a Bienal é realizada para si e não apenas para os visitantes vindos dos outros Estados. O evento deve ser encarado como cartão de visitas para os estudantes que estão no ensino básico e tendo os primeiros contatos com a cultura de leitura do livro; como base para conhecer novos autores para os já amantes do livro e como ferramenta de troca de conhecimentos e experiências para os novos autores locais. A Bienal do Livro de Alagoas deve representar a cultura local e a diversidade criativa, agregando ao evento o diferencial que o Estado possui como produtor de cultura. E, para isso, deve ser um evento de todos os brasileiros ou não, Alagoanos ou não, e que abranja todas as classes sociais permitindo que a cultura e o desejo pela leitura sejam hábitos constantes. Desse modo existirá o mo...

Docentes sem cultura

Observando as movimentações de certo grupo de indivíduos, comecei a acreditar firmemente que falta a boa parte dos docentes dos ensinos fundamental e médio cultura e conhecimentos gerais. Falta estilo pessoal. Falta ousadia para pensar e falar. Falta uma formação que prepare o profissional para o universo de possibilidades que surge à sua frente no decorrer de sua atuação. Falta a latência da cultura que produzimos e reproduzimos; e isso é o pior. Um docente sem cultura é uma das piores coisas que pode acontecer aos jovens em formação e à sociedade, pois é uma parte fundamental que faltará para todas as posteriores gerações de profissionais que atuarão nos mais diversos ramos da economia. Sem cultura, um professor é incapaz de promover uma educação adequada, ainda que seus meios de trabalho sejam escassos. A mente nunca será insuficiente enquanto ela estiver ligada ao fomento e à disseminação da cultura. Assim, entende-se por cultura, entre outros entendimentos, o ato de ler, qual...

Vida metropolitana

Imagem
Aracaju-SE A vida em uma região metropolitana é completamente desafiadora quando se tem a consciência de quê irá morrer, mas que esse é um evento que poderá muito. E é desafiador pela simples razão de que se tem uma gama extremamente diversificada de programas culturais à disposição, todos os dias, frente às opções de um futuro, cujo término já é conhecido, e que fazem com que a vida seja traduzida em simplórios números e linhas quentes de asfalto. Falta à sede metropolitana a tranquilidade de um bucolismo bem vivido, mesmo que a qualidade de vida seja alta; falta a desimportância do urgente; faltam as paixões de festas sem luxo; faltam lendas campestres mescladas com as urbanas; falta a dificuldade de manter a elegância, mesmo quando não se pode ser charmoso; falta o espírito do movimento espontâneo de pesos, pessoas e situações. Por outro lado, possui os recursos da agitação e da demasiada aglomeração de gente. Não seria exagero mencionar que os amores de uma metrópole ...

Nosso Sertão, nosso Litoral, nosso povo!

Imagem
Que falta faz nossos escritores! Que falta faz nossos cantores! A grandiosidade da literatura brasileira é tamanha, que o possível não é capaz de suportar as maravilhas, traduzidas em palavras, de nossos mestres. A Bahia de Jorge Amado e suas  magníficas histórias envolventes em cada vírgula, cada ponto do Pelourinho e do Tabuão, da Baixa da égua e da Baixa Sapateiros, de Tabocas e do Mata Gato. Os gostos, o suor e o Cacau, o Carnaval e a religião, tudo é explicitado com o mesmo sentido e intensidade que no ato realizado, em dias passados. O sertão de Guimarães Rosa, latente, vivo, ocupante do espaço físico e cultural capazes de sobrepujar os limites fronteiriços do Goiás, das Minas Gerais, do Brasil. O diabo e Deus nos caminhos incertos de personagens destemidos, mas medrosos e dispostos. De Jorge a Guimarães encontramos Diandorins, Jucundinas, Miguilins, Manuelzões, Jagunços, Dinheiro e Morte.  Luta após a morte, duelos antes da ida definitiva, mulheres mil e c...