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Anestésico musical

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Warrior and Attendants. Séc. 16-17. Metmuseum.   O plano de destruir a cultura popular, não exclusiva apenas dos governos de centro e extrema direita, parece estar seguindo o caminho do sucesso. Entre músicas fáceis de decorar e reproduzir e subcelebridades instrumentalizadas no desmonte institucionalizado, nos diversos níveis de governança, não há mais letristas que retratem a vida do pobre e a hipocrisia de uma sociedade doentemente religiosa, como se sabe em Construção e Geni e o Zepelim de Chico Buarque ou Faraó, eternizada na voz potente de Margareth Menezes.  Não querem que o pobre pense e reflita sobre si e suas condições de vida. Não é interessante para os políticos que se mantém no poder no planalto central ou nas casas de poder "popular" dos governos subnacionais. Não se ouve mais nada semelhante a 2 de junho, de Adriana Calcanhotto, Bichos Escrotos, dos Titãs, ou O tempo não para, do Cazuza, nos meios de comunicação e na boca do povo. Em meio a tragédias ambientais...

Pulsando

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É, Arnaldo, o pulso ainda pulsa. Por insistência e por uma involuntariedade que excede qualquer perspectiva. Está aí, pulsando. Só as palavras que estão escassas.  Do muito que foi dito. Do pouco que foi compreendido. Do silêncio envolvido. Das meias verdades. Das verdades completas amenizadas. Da vida. O pulso está aí, apesar de tudo. Não há mais o que fazer e nem quem ouvir porque a compreensão não está em lugar nenhum.  E nenhum aneurisma à vista. Foto: Rafael Rodrigo Marajá/Arquivo Pessoal