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Mendigo interior

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Área de Embarque/Desembarque. Terminal Rodoviário de Arapiraca.   Quem viaja, regularmente, e corta Alagoas passando pelas cidades de Arapiraca e Palmeira dos Índios certamente já se deparou com as particularidades das rodoviárias da Capital do Agreste e da Princesa do Sertão. Além do não maravilhoso sistema de transporte alternativo, hospedado em parte exclusivamente na rodoviária de Palmeira dos índios, existe a o isolamento natural do terminal da Capital do Agreste, Arapiraca. Baseado em um opressivo silêncio e em um frio desolador, independente da estação do ano, o terminal arapiraquense é uma atividade involuntária de mendicância. Sim, de mendicância! Imagine que são 3h15min de uma madrugada outonal, uma chuva fina acompanhada de umas três ou quatro almas em um balcão de lanchonete lança-se sobre a cidade intermitentemente e o frio senta-se na área de embarque/desembarque. Ao longe, no mesmo terminal, um mendigo compartilha o estado físico inabitado. E, de repente, ne...

Incoerência: uma pequena re-visão

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Outro dia, em posse de um tédio imensurável, embarquei em um ônibus coletivo, sem prestar atenção no destino e nas paradas. Não interessava exatamente os lugares por onde iria passar, apenas o que queria notar e testar. E enquanto ia passando por casas inacabadas outras detalhistas até, fui notando que havia pessoas que entravam sem pagar a passagem, outras solicitavam, erroneamente, a parada, algumas perdiam o lugar exato da descida e havia, ainda, aquelas que só eram levadas. Fora, nas ruas e calçadas escaldantes, paradas ou em passeio simples, iam outros tantos indivíduos que levavam a vida com o bater do ponto do trabalho que é viver. Entre pequenas infrações, amores ciumentos de casais públicos , transportes atrasados e lotados e um céu cinzento. Ameaçador, percebi certa coerência que existe entre um casal profano em certo terminal de integração e os passageiros do automóvel, pois se olhássemos – todos os passageiros – bem, com uma visão despretensiosa...