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Mostrando postagens com o rótulo Stephenie Meyer

A graça dos roedores

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Foto: Cassaco no Jasmineiro. Ifal-Palmeira dos índios. Cledson Ramos. Um dos jasmineiros do campus do IFAL – Palmeira sempre atraiu os ratos e os seus familiares mais íntimos.  Em um passado não muito distante ratazanas andavam com as flores do jasmim no cabelo, exibindo aquela cara de drama e de romances à Nicholas Sparks, com um apimentado dramático de Stephenie Mayer. As ratazanas juvenis sempre gostaram das cores dos dois jasmineiros. Outro dia estava olhando para as primeiras flores dessa estação , em um fim de tarde, quando mensagens apareceram no meu WhatsApp, vinda pelo túnel do tempo, para lembrar que as ratazanas, assim como seus parentes mais próximos, fuçam até não poderem mais. Esses bichos são muito engraçados, principalmente quando crescem. Agora, pego com o rabo entre as pernas, o pobre cassaco vê-se descoberto nas suas peripécias. Muito bem fotografado, o pobre parece não ter aprendido com as fêmeas que passaram antes dele – a nunca deixar-se ser pega c...

A breve segunda vida de Bree Tarner

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Os personagens de um enredo nem sempre têm o espaço que desejam, ou precisariam, para contar suas histórias e expor suas emoções. Nem tempo, ou espaço, o autor é capaz, às vezes, de dispor para tanto e o mundo acaba, vai-se saber quantas vezes, perdendo uma boa história. Meyer, ao terminar a Saga Crepúsculo, lançou a breve segunda vida de Bree Tarner, que é o outro lado do ataque de recém-criados comandados por Victoria, e aprovado pelos Volturi, em Eclipse . Através do olhos de Bree o leitor pode vislumbrar a vida e o azar de ser um vampiro jovem feito para matar e sem a proteção que Bella teve, mesmo quando humana, dos Cullen. Bree amava, descobriu o amor que como humana lhe foi negado, sentiu a dor da perda do ser amado, a angústia da descoberta da solidão e da busca pelo inatingível. Uma personagem que deveria estar incluída na Saga, e não em linhas avulsas. Stephenie Meyer, nesse volume extra, foi melhor escritora que nos demais livros da história vampiresca de Bella e ...

Amanhecer

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O último volume da Saga Crepúsculo, Amanhecer, é sensivelmente melhor que seus antecessores. A incapacidade de Stephenie Meyer em manter o ritmo de uma aventura inesperada e a dualidade latente entre manter o romance no campo da fantasia e a propagação de lendas medievais atualizadas torna as linhas do enredo igual aos demais nos quesitos "originalidade", "tédio" e "interessante". Com uma Bella imortal, linda e irresistível, Amanhecer torna-se levemente melhor com a trama deslocada do foco original e tedioso - a Bella frágil e quebradiça. A apresentação de vampiros-fada de todo o mundo, a revolta contra o Poder constituído do mundo dos vampiros, o imprinting de Jacob e odesenvolvimento das habilidades de Bella incrementam o enredo de Meyer. O final, no entanto, é complicadamente ruim! Espera-se que, quatro volumes depois, a autora presenteasse o leitor com um desfecho marcante e não como uma banalidade. Várias máximas entre as páginas poderiam serv...

Eclipse

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Em Eclipse fica evidente que o enredo, até esse ponto, poderia ter sido editado de maneira a cortar muitos eventos desnecessários que só serviram para "encher linguiça". Seus antecessores, Crepúsculo e Lua Nova , poderiam muito bem serem misturados e se tornado um único livro. Meyer, no entanto, começa a acertar o tom no penúltimo livro e entedia menos o leitor, embora ainda tenha como modelo a indefesa Bella e o "bom em quase tudo" Edward. O que tem de novo que pode gerar um sentimento de repulsa, o que significa que a história rumou para o acerto? A piranhice de Bella. Sim, Bella comporta-se como uma verdadeira piranha em Eclipse , apesar de já ter demonstrado, nos volumes anteriores, sua disposição para tal. Um modelo e tanto essa Bella! Praticamente uma chateação, esse volume da Saga Crepúsculo não possui grandes novidades e nem algum comburente capaz de incendiar o desejo do leitor por Amanhecer, contando apenas com uma discórdia que poderia ser enc...

Lua Nova

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Lua Nova , o segundo volume da Saga Crespúculo, segue com o enredo tedioso e melodramático, acrescido da presunção de Bella em relação aos homens principais da história. O sumiço de Edward - pelo bem da frágil e amada Bella -, o crescimento desenfreado de Jacob e sua transformação em Lobisomem e a protagonista vivendo um momento de "recuperação emocional" são as linhas desse segundo volume. O que se pode perceber em Lua Nova é a habilidade feminina, que pode ser generalizada para o outro gênero, em usar outra pessoa para curar um amor ferido, o orgulho em carne viva e um desespero exagerado - geralmente características típicas do primeiro amor. Bella é a representação literária contemporânea do fracasso e do exagero que o homem desenvolve ao submeter-se ao bel-prazer de outrem. Continuando com o enredo cansativo, sem sucesso prático, Stephenie Meyer tenta colocar um pouco de aventura e adrenalina em um livro que sequer chega a ser água com açúcar. O que não deu certo...

Crepúsculo

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A literatura infanto-juvenil tem uma tendência natural ou ao fatalismo do amor, o primeiro amor e suas "complicações", ou à aventura. De uma forma direta, a segunda opção é a mais aceitável e quase sempre a melhor escrita. No rol dos sucessos inexplicáveis, dada a baixa qualidade narrativa, temos o primeiro volume da saga de Stephenie Meyer, Crepúsculo . Vampiros que brilham, dotados de "boas intenções" e "bom coração", humanos subestimados e uma garota que permeia a tênue diferença entre ser retardada ou ignorante são os ingredientes principais de um livro cuja única finalidade parece ser destruir a literatura e as fantasmagóricas imagens criadas por Bram Stoker .  À parte a maquiagem, o enredo é simplório e defeituoso, cheio de lacunas sequer explicadas pela autora - e que nem lendo nas entrelinhas é possível desvendar. O romance, deprimente, arrastado, dramático e urgente entre Bella e Edward não tem nada demais, aliás, tem de menos se você conh...

Erro editorial crepuscular

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Trecho de Amanhecer Então você está lá, lendo as linhas de uma saga que já não é lá grande coisa, quando se depara com um "Obrigado, Jacob". Isoladamente, não tem de errado com a construção gramatical ao lado. No contexto a conversa é bem diferente. O trecho em questão foi dito por Esme, vampira, gênero feminino, o que nos indica que o correto deveria ter sido "Obrigada, Jacob", já que obrigado concorda com quem está agradecido. E assim mais um, de muitos erros - já que ninguém vai ler um romance procurando erros-, se propaga e é tomado como verdade.  É de se esperar que um volume com três revisores saia da gráfica impecável. Era de se esperar e isso não é exclusividade da Intrínseca, detentora dos direitos autorais da Saga Crepúsculo no Brasil.  Os editores deviam levar mais a sério a edição dos livros e não confiar no sucesso internacional da obra, qualquer que seja ela. Um erro grosseiro indica apenas que o trabalho não é levado a sério ou que o lei...