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De volta à baia

Chegamos ao fim de um processo eleitoral que se aproximou da barbárie e que, por pouco, não dizimou até a religião, que tão hipocritamente o brasileiro diz seguir (independe do credo). Em Alagoas testemunhei o hilário e o extraordinário. Candidatos que pleiteavam, no primeiro turno, uma cadeira na Assembleia Legislativa foram os mais absurdamente inovadores - muitos que sequer saíram de suas casas para fazer campanha conseguiram, ninguém sabe como, a oportunidade. Outros, tão acostumados a vitória, viram seu domínio ruir, mesmo com a compra de votos. Houve quem subisse em carro popular, copiando candidatos de outrora, para pedir voto e parar o trânsito - e mesmo com todo o esforço, sequer passou perto dos mil votos. A Assembleia Legislativa teve um alto índice de nomes novos - uma aparente renovação, dizem os mais críticos. Quem ganhou com isso foram os prefeitos, como de Palmeira dos Índios e Quebrangulo, que tiverem seus deputados estaduais eleitos e seu poder político aumentad...

O Graciliano da boca do povo

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Dizem que Graciliano Ramos não era dado ao puxa-saquismo ou a ser bajulado e considerando suas obras e o que delas podemos inferir ele também não possuía lá muito senso de humor para a burguesia decadente que hoje lota Academias de Letras. E isso, considerando que não o conheci e que só li suas histórias e ouvi falar dele, tendo à mão o pouco deficitário da Casa Museu Graciliano Ramos, em Palmeira dos Índios-AL, pode induzir-me ao erro ao falar e escrever sobre o Graciliano. No entanto, não posso deixar de notar certas singularidades na terra dos marechais e que se tornam muito engraçadas à medida que o tempo vai escorrendo pelas línguas negras da orla de Maceió. É estranho que justamente a pessoa que não gostava de ser bajulado seja rotineiramente levada à fina flor da bajulação e tenha, em qualquer lugar vulgar, o nome jogado à mesa para uma discussão literária. Ninguém diz como Viventes das Alagoas retrata incisivamente os alagoanos e as veias da corrupção e do achismo do servi...

Parabéns, Quebrangulo!

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Quebrangulo Graciliano Ramos Distante cento e vinte e oito quilômetros de Maceió, capital alagoana, a cidade de Quebrangulo completa nesta sexta, 16,  139 anos de emancipação política. Com seus trezentos quilômetros quadrados de extensão territorial, o município da terra de Graciliano Ramos, o escritor de Vidas Secas, age timidamente na Microrregião de Palmeira dos Índios com uma cultura riquíssima e cheia de gracejos capazes de conquistar qualquer visitante. Bem diga quem já presenciou qualquer apresentação de algum grupo de nega da costa ou o Festa da Cultura.  Não é uma cidade grande, ou razoável como a vizinha Palmeira dos Índios, nem tem grandes pontos turísticos e enfrenta, como qualquer outra cidade brasileira, as mazelas políticas originadas em gestões negligentes. No entanto, Quebrangulo possui o que podemos chamar de aconchego bucólico, no qual qualquer indivíduo pode se deleitar com uma bela paisagem ou uma tarde à beira de suas ruas e ...