De volta à baia
Chegamos ao fim de um processo eleitoral que se aproximou da barbárie e que, por pouco, não dizimou até a religião, que tão hipocritamente o brasileiro diz seguir (independe do credo).
Em Alagoas testemunhei o hilário e o extraordinário. Candidatos que pleiteavam, no primeiro turno, uma cadeira na Assembleia Legislativa foram os mais absurdamente inovadores - muitos que sequer saíram de suas casas para fazer campanha conseguiram, ninguém sabe como, a oportunidade. Outros, tão acostumados a vitória, viram seu domínio ruir, mesmo com a compra de votos. Houve quem subisse em carro popular, copiando candidatos de outrora, para pedir voto e parar o trânsito - e mesmo com todo o esforço, sequer passou perto dos mil votos.
A Assembleia Legislativa teve um alto índice de nomes novos - uma aparente renovação, dizem os mais críticos. Quem ganhou com isso foram os prefeitos, como de Palmeira dos Índios e Quebrangulo, que tiverem seus deputados estaduais eleitos e seu poder político aumentado.
O povo, por outro lado, segue no calor, na falta de bom gosto, na perpetuação de uma educação fragilizada, dependente de programas sociais e esmolando serviços básicos aos eleitos.
O mês decisivo acabou. O povo segue agora para a baía. Os donos de Alagoas mudam de nome, ninguém sabe por quanto tempo.
Comentários
Postar um comentário
Após análise, seu comentário poderá ser postado!