Postagens

Mostrando postagens com o rótulo Orla da Atalaia

Bucho de praia

Imagem
Domingo é dia de ir à praia, ver as bundas gordas e cheias de celulite e estrias  (e vez ou outra uma bem desenhada), comer frituras (demoradamente preparadas) e beber cerveja enquanto moças (e alguns rapazes) untam o corpo com óleo para "aquele bronze". Corpos negros que se esticam sobre a areia, coros pardos que jamais pegarão cor e corpos brancos, vindos de longe, que ficarão vermelhos antes do pôr do sol coalham a praia. Aliás, uma praia grande demais para as pessoas acostumadas com outras capitais onde ruas precisam ser fechadas para o lazer de domingo. Aracaju ao menos tem um calçadão amplo, o projeto Tamar e o que vir para distração (lagoas, e tudo o mais, ainda no calçadão praiano) e sem línguas negras, pelo menos não visíveis. Mas não é muito aconselhável ir depois das dez e lá permanecer - não por causa do sol ou das recomendações médicas de uso geral -, mas porque lota. Muita gente que suja a areia, ouve m´sica ruim e exibe a feiúra de corpos depravados.  A...

Compromisso comprometido

As linhas de transporte urbano em Aracaju andam de mal a pior e até aí não nenhuma novidade – nem mesmo com os protestos de 2013 o sistema melhorou e as tarifas cobradas seguiram o rumo do crescimento desenfreado sob qualquer justificativa. Os automóveis empregados continuam péssimos, principalmente aqueles que são destinados ao bairros mais pobres. O Rita Cacete/Rodoviária Nova, Pedreira/Zona Oeste, São Cristóvão/Zona Oeste são exemplos de veículos em péssimas condições de funcionamento. E não bastasse janelas com vidros folgados, bancos sujos e quebrados, portas que não fecham direito e um motor ensurdecedor, o serviço também não fica por baixo. E nem sempre o cobrador e o motorista são os responsáveis. No domingo, qualquer dia de domingo, o usuário poderá ficar sem o serviço ou deixar de fazer algo importante apenas por que o fluxo de ônibus chega a ser menos que o mínimo necessário para um serviço eficiente e de qualidade. Hoje mesmo, no início da manhã, diversos usuários tiv...

A Baiana de Produção

Imagem
Orla da Atalaia. Foto: www.flickr.com Estava com a firme intenção de comprar uma coca-cola no Mercantil da Av. Tancredo Neves, em Aracaju, quando, inesperadamente, conheci a Baiana de Produção - fosse um seriado como as Cariocas teria sido muito interessante (mais do que já foi, evidentemente). Claro que na capital sergipana o que não falta é gente da Bahia, que faz engenharia. O que falta, no entanto, é gente dizendo que nunca entrou no mar aracajuano! Imagine então meu espanto ao constatar que apesar das aparentes marcas de bronze na Baiana de Produção, ela jamais entrou no mar da Atalaia, ou da Aruana, ou de quaisquer das praias próximas! Como pode!? É dever, mesmo meu que não sou nativo, acabar com essa falta grave cometida contra esse mar, esse sal e esse sol! A firme intenção que tinha se dilui, em parte, com essa realidade assombrosa que fica do outro lado da rua... e de 1,5L passou para 1L por que não achei a seção, mas achei a Baiana de Produção. (Um dia,...

O amor entre Aracaju e a Princesa

Imagem
Aracaju - SE. Foto: Thais Cristina - Aracaju Virtual O inverno em Aracaju tem o gosto do outono em Palmeira dos Índios. Na cidade praiana o calor é intenso, com noites adequadas ao passeio público, volta de bicicleta na Orla da Atalaia, Açaí na tigela e alguns encontros impublicáveis. Na Cidade do Amor, ou Princesa do Sertão, o dia é igualmente quente no outono, com noites cujos ventos assombram a alma mais desavisada. É quente e ventilada, suada e fresca. Ou seja, é de se supor que o amor, ou aquela paixão momentânea, dura o tempo de um vento nos cabelos, sob o luar. Seja como for, e talvez as características outonais da Princesa sejam as responsáveis pelo título Cidade do Amor, há sempre quem esteja disponível a um enlace de uma noite, a uma disponibilidade que virará história. Aproveitar essas cidades não é opção, é dever!

Ali na Passarela do Artesão

Imagem
A feira de artesanato na Orla de Atalaia, em Aracaju, é o lugar onde os turistas vão comprar as lembrancinhas da visita à Capital Sergipana. E isso é normalíssimo! O que está fora de ordem é a visitação dos aracajuanos à Passarela do Artesão, onde fica a feirinha.  É natural que os nativos não gostem, ou achem desnecessário, valorizar os artesãos locais. Um erro de muita gente, de todas as capitais turísticas ou onde ocorrem eventos com uma movimentação considerável de pessoas. E esse erro é gerado pela saturação natural dos produtos locais. Justifica-se? Até certo ponto. É um fato conhecido que mesmo indo à praia regularmente e passeando entre a orla e os restaurantes e o oceanário poucas pessoas dão-se ao trabalho de conhecer a arte local.  Claro que não é preciso ir sempre, mas uma passadinha não mata ninguém. E lá é possível encontrar coisas bem sergipanas e curiosas, como é inerente a todo tipo de arte manual.  Imagine, então, que vergonha um turista pe...

Vida metropolitana

Imagem
Aracaju-SE A vida em uma região metropolitana é completamente desafiadora quando se tem a consciência de quê irá morrer, mas que esse é um evento que poderá muito. E é desafiador pela simples razão de que se tem uma gama extremamente diversificada de programas culturais à disposição, todos os dias, frente às opções de um futuro, cujo término já é conhecido, e que fazem com que a vida seja traduzida em simplórios números e linhas quentes de asfalto. Falta à sede metropolitana a tranquilidade de um bucolismo bem vivido, mesmo que a qualidade de vida seja alta; falta a desimportância do urgente; faltam as paixões de festas sem luxo; faltam lendas campestres mescladas com as urbanas; falta a dificuldade de manter a elegância, mesmo quando não se pode ser charmoso; falta o espírito do movimento espontâneo de pesos, pessoas e situações. Por outro lado, possui os recursos da agitação e da demasiada aglomeração de gente. Não seria exagero mencionar que os amores de uma metrópole ...