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A não-mística feira livre

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Foto: Feira livre de Palmeira dos Índios - AL. Rafael Rodrigo Marajá. Fev/2017 Os vendedores de beberagens mágicas, os ilusionistas, as dançarinas, os andarilhos, as histórias mirabolantes e os excêntricos desapareceram das feiras livres deixando para trás um vazio impreenchível pela tecnologia dos smartphones. Não é mais possível encontrar ciganas e trambiqueiros.  As feiras livres tornaram-se demasiadamente chatas, sem atrativos místicos e econômicos – um modelo obsoleto que ainda ocupa ruas e tempo da maioria das cidades. Há poucos produtos que ainda podemos comprar somente em uma feira livre – como o pastel e o caldo de cana. As pessoas estão sem a criatividade do vendedor que diverte, vende e cria novas formas de comunicação. Os místicos ambulantes deixaram as ervas, que a tudo curam e para tudo serviam, e abandonaram, de uma vez por todas, os mistérios que os envolviam para seres meros reprodutores de conteúdo da internet – isso quando não desapareceram. O que so...

Místico Câmpus/Hospital Universitário

Era 22h10min no terminal Câmpus, vizinho à Universidade Federal de Sergipe, e uma verdadeira quase multidão esperava o ônibus para irem para suas casas e realizarem seus mais desejados e secretos afazeres. Também era noite de comemorar o fim de semana nos bares do outro lado da rua, de onde se podia ver perfeitamente o terminal. Lá, nos bares, a música rolava alta, as mesas relativamente cheias e as pessoas bebiam e conversam alto, típico de uma saideira de semana agitada de aulas e provas, professores irritantes e muito estresse. Cá, no terminal, os usuários esperavam eternamente para que um ônibus chegasse e realizasse o primeiro anseio do quase fim de noite: levá-los para casa. Tudo seria dramático e romântico se não fosse um detalhe imprevisível, notado apenas por quem espera o transporte todos os dias: o misticismo do Câmpus/Hospital Universitário. Sim, esse ônibus possui um quê de preferência e obsessão por parte de quem espera para ir para casa. E é algo impressionante...