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A Antares de Alagoas

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Foto: Cemitério Santo Amaro.  O Dia de Finados é engraçado no sentido mais mórbido da palavra. Não é estranho que seja dedicado aos mortos, agora habitantes ou do céu ou do inferno - para aqueles cujas religiões aceitam essas definições-, mas pela vontade superficial de parte dos viventes de mostrar o quanto sofrem pela perda. E vamos aceitar a realidade crua de que nem todos os que morreram deixaram saudades e boas lembranças da mesma forma que nem todos os vivos são capazes de expressar seu amor e gratidão aos finados. Se por acaso você subir a ladeira da rua Pedro Soares da Mota, que insistentemente tentam mudar a cada ciclo de quatro anos, vai se deparar com dois cemitérios - e não somente dois portões- apesar de os muros definirem apenas a separação das covas com as casas vizinhas e nenhuma distinção entre o São Gonçalo e o Santo Amaro. Essa falta de divisão deve ter irritado bastante aos poderosos de outrora que certamente desejaram que seus familiares não se mistu...

Detalhe Palmeiríndio: pós 124

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No último 20 de agosto, a chamada Princesa do Sertão ( Palmeira dos Índios-AL ) completou cento e vinte e quatro anos de muita adversidade. E é evidente que como qualquer outro município brasileiro ela tem lá seus problemas. E mais que qualquer outra cidade, ela tem as disparidades mais bizarras que só a literatura consegue fazer analogia, como em Incidente em Antares.   Nos 124 anos, a Princesa, que não é lá tão sertaneja assim, não teve muitos motivos para comemoração. Mas isso é notícia velha. Ela quase nunca teve o que comemorar. Talvez a única comemoração realmente expressiva tenha sido a libertação de Graciliano Ramos, lá pela década de 1930. Fora isso, não se tem o que comemorar. Os buracos continuam, sempre e cada vez maiores. O Hospital Regional é tido como um açougue pelos palmeiríndios. A gestão Municipal é igualmente vista como o Hospital. O comércio vai de mal a pior, e com os maiores preços do mercado – para qualquer mercadoria. Não há obras públicas signifi...