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É...Agosto dito paterno

Como todos os anos, sempre em agosto, milhares de pessoas jogam-se às ruas, aos shoppings, aos camelôs ou às lojas de departamentos baratas para fingirem uma alegria inexistente em gastar dinheiro e tempo de forma desnecessária com uma data nem tão importante nem tão comercial assim, mas que carrega alguns efeitos irônicos e pejorativos. É o tal do Dia dos Pais que se repete, na tentativa desesperado dos lojistas em alavancar as vendas através de um artifício barato e mais enganador que vendedora de roupa em lojas populares: o amor paternal. Claro que a ilusão de que o Pai é igual à mãe e de que o amor é quase semelhante faz com que as crianças e os adultos órfãos, que realmente não conheceram os pais, sejam ludibriados pelas propagandas bregas e oportunistas que as empresas de propagandas fazem para tentar vender aqueles produtos masculinos encalhados o ano inteiro, ou há vários anos encalhados. Fora isso, todos sabem o quão desnecessário é gastar o tempo e o dinheiro com Hom...

De lá para cá

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Palmeira dos Índios - AL O engano não é a perda diária de neurônios, de bom senso, de estabilidade, de decepções. Perder é tão essencial quanto ganhar. Ou mais importante até. Perder traduz tudo o que é real em fogos de artifícios queimados, sem efeito. Engano, o, é outra coisa. Inominável. Então, tem o desengano. Ah, o desengano! Foram tantas as vezes que a noite percorreu o vale de uma serra e desembocou em uma melhoria tecnológica de momentos curtos, breves, insanos. Entre esses dois seres cruéis, estão as fotografias que deixamos guardadas em nossas gavetas, os relicários – que juntos formam um grande tesouro -, os dias alegres, os tristes, os outonos, as primaveras e o veraneio à beira-mar. Entre os ossos que restaram daqueles estados criminosos onde tudo era um segredo e um pecado justificado, está a poeira da coisa escrita, o caos dos fatos geradores das trocas, os bens de consumo nunca utilizados. Está a traição íntima ao soar o nome no mais alegre dos...