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"Amor" de etiqueta

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Obra: Fishing Boats, Collioure. André Derain. 1905. Metmuseum. Há quem compre o afeto - e depois o "amor" - com presentes e promessas. Conheço uma mulher que resolveu comprar o "amor de sua vida" através do empréstimo do carro, realizando as fantasias sexuais do amante e contribuindo para a formação acadêmica do rapaz, em uma relação quase incestuosa  - uma vez que o rapaz é dez anos mais jovem. O homem da relação, mesmo não tendo dinheiro e nenhum tipo de compromisso com ela, notadamente leva o relacionamento adiante por ser cômodo, nas circunstâncias em que está envolvido. Ela acredita estar sendo amada. As pessoas gostam de se iludir.  E é nessa história de ilusão que observo um outro casal que, depois de décadas vivendo no limite, porque tiveram uma origem semelhante ao casal descrito anteriormente, só podem existir como unidade graças à distância e à tolerância.  O "amor", como gostamos de classificar certos tipos de sentimentos que sustenta...

É...Agosto dito paterno

Como todos os anos, sempre em agosto, milhares de pessoas jogam-se às ruas, aos shoppings, aos camelôs ou às lojas de departamentos baratas para fingirem uma alegria inexistente em gastar dinheiro e tempo de forma desnecessária com uma data nem tão importante nem tão comercial assim, mas que carrega alguns efeitos irônicos e pejorativos. É o tal do Dia dos Pais que se repete, na tentativa desesperado dos lojistas em alavancar as vendas através de um artifício barato e mais enganador que vendedora de roupa em lojas populares: o amor paternal. Claro que a ilusão de que o Pai é igual à mãe e de que o amor é quase semelhante faz com que as crianças e os adultos órfãos, que realmente não conheceram os pais, sejam ludibriados pelas propagandas bregas e oportunistas que as empresas de propagandas fazem para tentar vender aqueles produtos masculinos encalhados o ano inteiro, ou há vários anos encalhados. Fora isso, todos sabem o quão desnecessário é gastar o tempo e o dinheiro com Hom...

Corrida Natalina: os deuses voltaram

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Faltando um mês, exatamente, para o natal e o alvoroço de lojistas e compradores começa a atropelar os ainda nem florescidos sentimentos natalinos e todas as suas manifestações. Evidentemente que o natal não importa! Não se iluda com "felicidades" desejadas nesse período. Tudo é apenas um esquema armado para a promoção da compra e do consumismo excessivo. Nada mais falta para as comemorações natalinas. O ridículo já se apossou há muito de um natal sadio, pelo menos nesse país, que trouxe a figura importada de um papai noel estilo EUA e presentes sem sentido, além da decoração mais desconexa ainda. Sentados nos bancos dos Shoppings estamos nós maravilhados com as luzes e a apelação mercantil como se tudo se resumisse ao simples ato de comprar e comer; beber e dormir. E mais uma vez invadimos recintos comerciais tentando buscar algo que não se sabe o que é, mas que precisa ser comprado para registar o gasto tido no mês "cristão". De Cristão só o nome porqu...