Corrida Natalina: os deuses voltaram



Faltando um mês, exatamente, para o natal e o alvoroço de lojistas e compradores começa a atropelar os ainda nem florescidos sentimentos natalinos e todas as suas manifestações. Evidentemente que o natal não importa! Não se iluda com "felicidades" desejadas nesse período. Tudo é apenas um esquema armado para a promoção da compra e do consumismo excessivo.
Nada mais falta para as comemorações natalinas. O ridículo já se apossou há muito de um natal sadio, pelo menos nesse país, que trouxe a figura importada de um papai noel estilo EUA e presentes sem sentido, além da decoração mais desconexa ainda.
Sentados nos bancos dos Shoppings estamos nós maravilhados com as luzes e a apelação mercantil como se tudo se resumisse ao simples ato de comprar e comer; beber e dormir. E mais uma vez invadimos recintos comerciais tentando buscar algo que não se sabe o que é, mas que precisa ser comprado para registar o gasto tido no mês "cristão".
De Cristão só o nome porque no mais é um dos mais cruéis meses que a indústria publicitária e do consumo já produziu tendo em vista a necessidade da compra e de companhia. Somos induzidos a acreditar que é mais importante a família, se presenteada e se nos presentar; que se nenhuma compra for feita, então o fracasso é iminente ou que se ninguém for a alguma igreja fingir que é fiel, Deus os matará com novas e devastadoras pragas, piores que a do Egito e da Europa - no caso a peste negra.
É deprimente como somos colocados em bandejas e presépios, maculando todo um simbolismo errôneo desde a concepção entretanto aceito, e servidos a os deuses mercantis.
Senhores, a corrida pelo pior e melhor presente começou! E não queremos deixar nossos deuses com raiva certo?! Pois então, apressem-se!

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