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O Inferno de Gabriel

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A trilogia O Inferno de Gabriel segue a modinha da literatura pobre e apelativa. Com um enredo um tanto deprimente e composto quase que exclusivamente por clichês, a trilogia deixa muito a desejar no que se refere a qualidade. A história de Gabriel e Julia é semelhante à de Anastásia e Grey, na trilogia Cinquenta Tons. Com referência a Dante e à sua mais famosa obra, A Divina Comédia, a trilogia perde a originalidade que poderia possuir e busca, sob a figura de Dante e Beatriz, arrematar o leitor com citações em italiano e trechos descritivos desnecessários.  A figura paradoxal do homem poderoso e problemático contrapondo-se à da mulher frágil é o elemento principal dos livros e que torna a leitura chata e necessariamente infantil. Não há muito o que escrever, nem mesmo de crítica ruim, porque nem para isso a trilogia O Inferno de Gabriel presta. Não há elementos bons e os maus são suprimidos de forma acachapante pelos clichês que são os livros. E sobre esse "misté...

Cinquenta Tons de Cinza

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Um príncipe encantado à moda século XXI, uma virgem à século XVII e um enredo forçosamente construído para ter o maior número de páginas escritas. É essa a descrição mais concisa e precisa que se pode ter do não tão aclamado Cinquenta Tons de Cinza. A obra de E. L. James tem um quê de apelação que não consegue sucesso nem nos trechos de sexo nem nos de violência. Talvez por querer misturar sadomasoquismo com romance, talvez por que o romance não seja lá grande coisa mesmo e, por isso, a mistura com práticas sexuais não ortodoxas não pegue tão bem quanto deveria, Cinquenta Tons de Cinza é um fracasso a olhos vistos. Personagens reprimidos em seus próprios mundos, sem falas seguras, sem atitudes independentes, dão o tom de uma artificialidade feita para vender papel, não para encantar com a ficção. Ambientes pobremente descritos, relações “difíceis” e uma riqueza sem precedente que contrasta com a meia vida de Steele são pontos que não passam despercebidos a um leitor mais atento....