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A falta de princípios

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Pintura: Mountain Forms, Hoosac Mountains, Massachusetts. John Marin. 1918. "Joseph Smith tinha princípios elevados, era virtuoso, honrado, cavalheiro e cristão, mas os princípios que ensinou atacavam a raíz dos sistemas corruptos dos homens e, necessariamente iam de encontro a suas atividades, preconceitos e interesses." John Taylor, Profeta, Vidente, Revelador e Presidente de A Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos dias Na primeira metade do século XIX um homem brilhou como um astro incandescente ao lutar contra a corrupção humana. Ele [Joseph Smith] não empunhou armas contra outros homens e, mesmo assim, por defender a verdade e a retidão moral, ética e espiritual foi assassinado. E em mais de duzentos anos os mesmos princípios ensinados e defendidos com o próprio sangue por esse homem, com baixa instrução, continuam provando que são verdades eternas. A corrupção na política da América Latina e Caribe escraviza os latinoamericanos a sobreviver...

Mandingas e impropérios para o Aedes

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Ilustração: As dez pragas do Egito. redecruz.com A zona da mata de Alagoas já começou a apresentar sinais de histeria, como em outras regiões do país, provocada em parte pelo surto do vírus zika e chikungunya e em parte ela mania de mistificar as epidemias. Lá em Branca de Atalaia a população, em procissão, lotou um terreiro de religião afro-brasileira como meio de livrar a localidade das doenças. O resultado foi que o pai de santo acabou na emergência mais próxima atacado pela febre. Os crentes mais ferrenhos acreditam que a epidemia é resultado dos pecados do povo e que o surto se assemelha às pragas do Egito. Os romeiros de Padre Cícero, na contramão dos evangélicos e dos umbandistas e candomblecistas, soltaram fogos e preces no pé da estátua do santo nordestino para alcançar a graça de deixar o Aedes Aegypti longe. A histeria lá está prestes a estourar. No entanto, para que não pense que é só no Brasil que isso acontece, nos EUA um pastor gravou um vídeo avisando aos...

Miraflores isolado

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Bandeira da Venezuela Em seu discurso, na Real Academia Sueca, por ocasião da premiação do Nobel de Literatura, Gabriel García Márquez salientou a solidão da América Latina e do Caribe e os séculos de exploração. Mais de trinta anos depois, a América Latina e o Caribe continuam sendo preteridos, relegados a último lugar da lista de preocupações internacionais de grandes nações, sejam europeias sejam americanas. E o melhor exemplo é a Venezuela, que luta contra uma suposta "guerra econômica", fezendo vítimas pelas gerações futuras, se considerarmos os efeitos da propagação do HIV e da gravidez adolescente. Do Palácio de Miraflores o Presidente Maduro tem desencadeado uma série de arbitrariedades que já deixou até a Alemanha em regime de atenção. Executivos foram, e ainda o são, presos e julgados; redes de distribuição de alimentos são expropriadas e o povo sofre com a escassez de produtos básicos. A tal "guerra econômica" justifica as arbitrariedades, tor...

O amor nos tempos do cólera

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O amor é cantado, proseado e versado nas mais diferentes línguas, expressando as mesmas emoções e aflições, sem nunca deixar de ser piegas e eterno. Eterno? Quantas pessoas conservam o amor apesar das mais esdrúxulas situações? Com quantos amores as vidas são feitas? Com quantas brigas e desentendimentos o amor acaba? O amor, em tempos de mundos virtuais, às vezes dura nada mais que uma centena de likes e uma dezena de álbuns perfeitamente elaborados para impressionar os outros, quase nunca a si e à pessoa amada. Muitas pessoas precisam que o “amor” seja reconhecido. Esse sentimento, no entanto, pode surgir nas urgências juvenis, suportar as distâncias, quebrar as barreiras sociais e físicas, ferir o tempo e chegar ao seu apogeu, ainda que em corpos velhos e encarquilhados pelas experiências, mais de cinquenta anos depois de sua origem. O Amor nos tempos do Cólera , de Gabriel García Márquez, é um relato de um sentimento amoroso que sobreviveu às intempéries, calou-se na publ...

Ninguém escreve ao coronel

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A solidão nem sempre acontece quando se está só, fisicamente. Pode acontecer em companhia, por longos e tormentosos anos, pode estar de mãos dadas com a fome ou a guerra, sob a chuva e em meio à lama ou sob o sol e o mormaço delirante. Ninguém escreve ao Coronel , do Nobel de literatura Gabriel García Márquez, é uma novela digna dos elogios que recebe. Um retrato do homem que lutou por seu país e acabou esquecido entre a burocracia e o “deixa para amanhã” do Governo, que militou por ideais políticos e acabou à margem da própria sociedade, um pai que ficou órfão de si e do filho. O Coronel é um homem que nada conseguiu da vida, a não ser a fome, uma carta durante quinze anos – que nunca chegou -, e uma esposa que nunca o abandonou apesar das adversidades. Esse foi o segundo livro de García Márquez e demorou três anos para ser publicado, recusado por editores, e que valeu a pena a luta do autor para levar ao mundo tão intensa obra. O realismo de Gabriel torna o livro uma expressão ...