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A Cidade do Sol

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Cabul, uma capital em que a disputa pelo poder, pela supremacia de um regime ou/e de uma religião fez suas vítimas; seus mais atormentados testemunhos. Uma cidade em que várias histórias deixam de existir, na queda inesperada de uma bomba, e que outras tantas resistem, inseguras em casas, orfanatos e ruas. Essa cidade, com cidadãos evadidos, com casamentos arranjados, com mulheres espancadas e maltratadas, é o cenário para a vida  - a mesma vida que se justifica ao fazer florescer uma flor, e ao assassinar milhares. A vida das mulheres afegãs, representadas por Laila e Mariam, vitimadas por dogmas sociais e religiosos que impedem a igualdade entre os gêneros; que justifica a mulher ser apedrejada, agredida, xingada, estuprada. Mariam, bastarda, vítima desde cedo de uma sociedade em que um homem pode ter várias esposas porém nunca uma filha fora da poligamia. E é essa mesma Mariam que ama Jalil, seu pai, e que ignora essas vicissitudes sociais que passa a humilhação de dor...

O silêncio das montanhas

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Capa da obra Perder alguém, que se ama, é nitidamente doloroso, mesmo que a dor não seja expressada por choros descontrolados e desespero, ela estará lá. Mesmo que os anos destruam o corpo, a alma conserva suas dores e suas lembranças mais queridas; os nomes dos algozes e as vezes em que o silêncio revelou o passado tão feliz e distante. Em O silêncio das montanhas , Khaled Hosseini conta-nos como as decisões egoístas, e muitas vezes precipitadas apenas, torna a vida de muitas pessoas diferente, estranha e infeliz. Hosseini toca nas feridas que se pode ter deixado guardadas com o medo de sofrer; expõe como é difícil deixar a quem se ama, a quem realmente ama, e partir com a dor que não será curada nem mesmo cinquenta e oito anos depois. É com muita delicadeza que o autor coloca diante do leitor o drama da perda, ainda em vida, de alguém a quem se ama mais que a própria vida e questiona-nos sobre o quanto é importante cuidar daqueles a quem se quer bem enquanto é possíve...