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Dois gramas de amigo

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Na foto, da esquerda para a direita: Izadora, Eu, Rafa, Rafa e Rafa.  Eu ando pelo mundo e meus amigos, cadê? Esquadros – Adriana Calcanhoto Amigo possui diversas definições e as formas de “fazer” amigos são amplas e tão diversas quanto à quantidade de pessoas que já viveram e viverão no planeta. Na prática são aquelas pessoas irritantes que aguentam a sua irritabilidade, com o usem motivos; são seres que podem em nada se parecer contigo e mesmo assim serem gêmeos; são pretos, pardos, brancos, amarelos, indígenas, pobres, ricos, bissexuais, homossexuais, pegadores, putas, ladrões, cafetões, escritores, leitores, cantores, estagiários, engenheiros, enfermeiras, professores, vizinhos, paixões e antigos desafetos – todos são amigos de alguém, seu, meu, de alguma forma imunes aos rótulos quando evocam a chancela amigo. Ex-amores também podem ser amigos que sabem demais e, por isso, mereciam um fim rápido, mas que insistem em serem e terem aquele olhar de “eu sei” ...

Sessão: Do fundo do meu coração

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Mentira, sua verdade!

Mentiras - Adriana Calcanhoto Mentiras existem para persuadir, dissuadir, iludir a si e a outrem. São feitas da mesma matéria que a verdade e são de um material tão bom que resistem ao mais íntimo estado de espírito e ao mais silencioso dos pedidos. Mentira é o nome de verdades largadas ao vento e de todos os seres indispensáveis. Mente-se para esconder um fato, uma realidade crua, um status. Mente-se para tentar sobreviver e para superar (o quê?). Mente-se para carregar os partos de animais e pessoas, que sempre geram problemas. Mente-se para deixar sobre caminhos tudo àquilo que não faz parte de uma vida. Mente-se para andar. Mente-se para estar bem. Mente-se para procurar um bem. Mente-se para acordar e mente-se para seguir, sempre em frente. E quando se constrói um emaranhado de mentiras, nada resta a não ser a opção da verdade, variável, sempre transformista. Verdade não também não é confiável, mas faz parte intrínseca da mentira. Verdade. Mentira. Escolha. ...

Janelas

Sempre diferentes, as janelas são exemplarmente a representação daquilo que não se pode mudar, embora talvez sempre se queira. Quadrados de personificações variáveis, de tamanhos não definidos, exatamente, de vistas sempre modificadas pelas mudanças na urbanidade das pessoas, pelos movimentos dos ventos, pelos pensamentos que voam para muito além de um infinito de pedras ou serras. Janelas são identidades de uma perspectiva sempre viva, apesar de devastada pelos deveres, em algumas vezes, mas que conservam, em sua razão de existir, a necessidade de mais um vislumbre para a noite, a madrugada, o dia amanhecendo ou um crepúsculo inexpugnável. Janelas, ou a ideia que fazemos delas, são simplesmente um dar de ombros sobre a realidade e seus paradigmas e uma visão, alargada pelas frestas de um futuro sempre presente que faz com que a racionalidade de um momento seja perdida entre o focalizar das retinas em um ponto negro no céu sempre azul, ou em uma estrela, que mais ...