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A irresponsabilidade humana in vivo

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Você vai ao mercado da esquina e enquanto passa as compras no caixa aparece um cachorro abandonado com cicatrizes por todo o corpo. Enquanto caminha pela rua encontra gatos abandonados que são alimentados pelos proprietários do petshop. Se aguçar um pouco a visão ainda verá filhotes por todos os lados. Os animais tidos domésticos são abandonados na mesma velocidade com que nos encantamos pelo mundo digital e suas facilidades. Amamos videos de gatos bebendo água acionando torneiras e odiamos, mais até, os gatos próximos que nos pedem alimento, abrigo e proteção. Apreciamos um cachorro de qualquer raça definida e detestamos o mestiço, que só encontra respaldo social de existência em postagens de redes sociais. Ao parar para ver o que nos incomoda no cotidiano é fácil perceber que é a nossa própria insensibilidade para a fatia de meio ambiente que ocupamos que torna nossa vida cheia, feia e depressiva. É o nosso descaso com o meio ambiente que inunda cidades, desmorona casas, ...

Abandono*

Será que não vê mais Os mais do tempo Os ais dos casos? Que não sente mais A mão que afaga E apedreja outro olhar? Não mais está no caso Pelo ódio desprezar O ar tirado? *Poema do livro   Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.

Os cinco gatinhos

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Dia desses uma ser desalmado jogou cinco gatinhos, 4 clarinhos e um 1 negrinho, 4 fêmeas e 1 macho, em uma caixa de papelão e jogou, ao sol escaldante do meio-dia, na minha rua. Os miados reverberaram pelo ar e despertou a caridade alheia. Leite, água e um lar temporário foram conseguidos e uns dias depois já estavam gordinhos, dóceis e à espera de um lar de amor e cuidados. Mais aí, a mulher das cavernas que mora na esquina e outra bêbada pegaram um dos gatinhos e jogou muitas ruas depois com o intuito único de provocar dor e sofrimento no pobre animal, depois de ameaçar descaradamente os outros, que sequer saem de seu lar adotivo. Acostumada a matar envenenado cães e gatos da vizinhança desde sempre, a mulher possuída da esquina segue impune, por enquanto, sua cruzada infundada contra os animais, totalmente à margem da lei – sim, ela é uma marginal de marca maior, para usar adjetivos publicáveis – por um período breve, assim esperamos. Os gatinhos seguem com suas vidinhas...