Os cinco gatinhos
Dia desses uma ser desalmado jogou cinco gatinhos, 4 clarinhos e um 1
negrinho, 4 fêmeas e 1 macho, em uma caixa de papelão e jogou, ao sol
escaldante do meio-dia, na minha rua. Os miados reverberaram pelo ar e
despertou a caridade alheia. Leite, água e um lar temporário foram conseguidos
e uns dias depois já estavam gordinhos, dóceis e à espera de um lar de amor e
cuidados.
Mais aí, a mulher das cavernas que mora na esquina e outra bêbada
pegaram um dos gatinhos e jogou muitas ruas depois com o intuito único de
provocar dor e sofrimento no pobre animal, depois de ameaçar descaradamente os
outros, que sequer saem de seu lar adotivo.
Acostumada a matar envenenado cães e gatos da vizinhança desde sempre,
a mulher possuída da esquina segue impune, por enquanto, sua cruzada infundada
contra os animais, totalmente à margem da lei – sim, ela é uma marginal de
marca maior, para usar adjetivos publicáveis – por um período breve, assim
esperamos.
Os gatinhos seguem com suas vidinhas, esperando um lar, sob o estigma
do preconceito, para as fêmeas. E completamente à mercê da endemoniada da
esquina e da bêbada próxima.
Um dia, quem sabe, realmente apliquemos a lei a esse tipo de gente –
aos que abandonam, aos que envenenam, aos que maltratam e aos que fecham os
olhos.
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