Trabalhador Brasileiro I


O trabalhador brasileiro continua sendo o capacho que esconde a sujeira das elites e serve-lhe de massageador de egos. E parece que a situação do humilhado trabalhador brasileiro anda ruim (quer dizer, pior do que já era) nesses tempos de vírus faxineira.
As vagas de trabalho que tanto iludem o desempregado deixaram de pedir anos de experiência e o mero inglês. Agora você precisa amar as pessoas, ter veículo próprio, morar ao lado da empresa, ser feliz e ter sonhos. Em troca o candidato poderá receber como benefício um salário questionável e a oportunidade de trabalhar 44 horas semanais e ser contratado como pessoa jurídica.
O cenário é deprimente e brinca com a inteligência do mais ignorante candidato.
Ser feliz? Amar as pessoas? Detectar e resolver problemas que a gerência sequer é capaz de compreender? Aceitar assédio e humilhações de empregadores que sequer sabem o português mais básico e que exigem do candidato um intelecto superior para desempenhar funções robóticas de baixa complexidade?
O Brasil já chegou tão baixo que as consultorias de RH não conseguem nem diferenciar o que é emprego do que é trabalho escravo travestido de CLT.

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