Crônica de uma vida insuficiente XII
O cheiro da carne crua ainda acalenta o ar quente das pequenas - e nem tanto- cidades nordestinas. Os mercados públicos e os açougues, lugares de morte e dinheiro sanguinolento, fornecem a carne que vai para a mesa do cristão, do protestante e do candomblecista; alimenta o corpo viciado pelo mal travestido de bem e faz sobreviver os pobres, que catam suas vidas em empregos sofríveis e no chão repleto de tudo, menos esperança.
Um dia o jeito é virar magarefe e retalhar o que nos empurra para baixo e para o obscurantismo.
De resto, entre langanhos e varejeiras, estamos chafurdando na lama de doenças políticas, morais e físicas.
Um dia o jeito é virar magarefe e retalhar o que nos empurra para baixo e para o obscurantismo.
De resto, entre langanhos e varejeiras, estamos chafurdando na lama de doenças políticas, morais e físicas.
Comentários
Postar um comentário
Após análise, seu comentário poderá ser postado!