Falta-nos excentricidade

Harlequin. Pablo Picasso(1881 - 1973)



A matemática é cheia de grandes nomes e muitas das facilidades que desfrutamos são oriundas de estudos e perturbações no espírito de indivíduos que existiram e que não se conformaram com o mundo do jeito que era.
Nem sempre o mais célebre gênio era, ou é, o mais feliz e bem resolvido. Alan Turing, precursor da Inteligência Artificial e a mente brilhante que destruiu o mistério da Enigma, tinha seu quê de amor não correspondido e terminou seus dias tal qual a Branca de Neve. Wronski (1778-1853)era mais filósofo que matemático e sua contribuição para a matemática foi o chamado Wronskiano, teorema que fornece a condição suficiente para definir se uma Equação Diferencial é ou não linearmente independente, e tinha crises de insanidade.
Insanos e excêntricos, a matemática está repleta deles. E nós, não menos excêntricos e insanos, esquecemos como o devaneio e as asas da imaginação podem criar o impossível.
Pode-se até argumentar que a sanidade é boa e faz bem. Será?
Talvez tenhamos desenvolvido a preguiça de pensar, imaginar e produzir com medo de que nossas ideias choquem o mundo e quebre os paradigmas aceitos. Somos, portanto, medíocres.

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