A toalha: Lucas e Adams
O dia em que milhares mostram sua
toalha e a origem de suas loucuras: O Dia da Toalha!
A toalha representa uma dupla e
justa homenagem a dois autores e a duas obras singulares em toda a história
humana: a trilogia de cinco livros O Guia do Mochileiro das Galáxias, de
Douglas Adams, e a estreia cinematográfica de Star Wars, de George Lucas, de 1977.
A Adams é uma homenagem justa e
sem precedentes de fãs de todo o mundo que concordam com ele em ironia e acidez
de sua obra metafórica que conquista gerações desde sua estreia em vídeo e em
livro. Uma obra tão singular e cheia de simbolismo que os governos das nações e
a vida do cidadão comum ainda podem ser analisadas e observadas a partir do
ponto de vista de Douglas.
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“Segundo
ele, a toalha é um dos objetos mais úteis para um mochileiro interestelar. Em
parte devido a seu valor prático: você pode usar a toalha como agasalho quando
atravessar as frias luas de Beta de Jagla; pode deitar-se sobre ela nas
reluzentes praias de areia marmórea de Santragino V, respirando os inebriantes
vapores marítimos; você pode dormir debaixo dela sob as estrelas que brilham
avermelhadas no mundo desértico de Kakrafoon; pode usá-la como vela para descer
numa minijangada as águas lentas e pesadas do rio Moth; pode umedecê-la e
utilizá-la para lutar em um combate corpo a corpo; enrolá-la em torno da cabeça
para proteger-se de emanações tóxicas ou para evitar o olhar da Terrível Besta
Voraz de Traal (um animal estonteantemente burro, que acha que, se você não
pode vê-lo, ele também não pode ver você -estúpido feito uma anta, mas muito,
muito voraz); você pode agitar a toalha em situações de emergência para pedir
socorro; e naturalmente pode usá-la para enxugar-se com ela se ainda estiver
razoavelmente limpa.
Porém o mais importante é o
imenso valor psicológico da toalha. Por algum motivo, quando um estrito (isto
é, um não-mochileiro) descobre que um mochileiro tem uma toalha, ele
automaticamente conclui que ele tem também escova de dentes, esponja, sabonete,
lata de biscoitos, garrafinha de aguardente, bússola, mapa, barbante,
repelente, capa de chuva, traje espacial, etc, etc. Além disso, o estrito terá
prazer em emprestar ao mochileiro qualquer um desses objetos, ou muitos outros,
que o mochileiro por acaso tenha “acidentalmente perdido”. O que o estrito vai
pensar é que, se um sujeito é capaz de rodar por toda a Galáxia, acampar, pedir
carona, lutar contra terríveis obstáculos, dar a volta por cima e ainda assim
saber onde está sua toalha, esse sujeito claramente merece respeito.
Daí a expressão que entrou na
gíria dos mochileiros, exemplificada na seguinte frase: “Vem cá, você sancha
esse cara dupal, o Ford Prefect? Taí um
mingo que sabe onde guarda a toalha.” (Sancha: conhecer, estar ciente de,
encontrar, ter relações sexuais com; dupal: cara muito incrível; mingo: cara
realmente muito incrível.)”
O Guia do Mochileiro das Galáxias, Capítulo 3.
Complementando o orgulho Nerd,
termo tão injusto aos fãs, George Lucas tem sua imortalidade garantida com a
Saga de Guerra nas Estrelas que foi o ponto inicial até mesmo para filmes como
o vencedor de sete Oscar, Gravidade.
Nos dois mundos, nas duas formas
de contar histórias, na ironia de Adams e na imortalidade de frases criadas por
Lucas, a toalha resiste para contar a história e ajudar a criar novos termos no
Guia.
A mensagem clara que é comum aos
dois, no entanto, é simples: Não entre em Pânico! E não vá para o lado negro da
força.
Cuide da sua toalha e não saia
sem ela!
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