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Lábios

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Passei um tempo andando no escuro e a saída era o começo de tudo. As cores eram tingidas com os corpos, as esperas e as fomes de almas duvidosas. Passeei entre as temporadas das flores e a das chuvas.  Encontrei casos antigos; casos que nem chegaram a se realizar e futuros ex-casos. Estranho a saudade do que se guarda no futuro e nas expectativas. Ainda mais estranho  é notar as linhas que passam com a pretensão de ser o centro das atenções e outras de não chamar a atenção.  E se todo verão é emocional, como disse o poeta sobre os beijos desses verões, não teria a surpresa de cada estado vermelho, pulsante, excitante. E quantos beijos deixamos de dar por pensarmos que beijos são contratos longuíssimos para casamentos infelizes.  Os doces lábios da Bruna Ah, teria que dizer que não há mal nenhum em um beijo aqui, uma admiração de vermelhos acolá, de suores de desejos logo mais adiante. A vida que hipertensa enquanto pensamos em certos, errados, lados e c...

Um poema despretensioso

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Arte: Winter Trees, Reflected in a Pond, William Henry Fox Talbot. Met. Vermelho, Verde, Azul Vermelho O batom desnecessário da sua boca Os lábios que ornam um belíssimo rosto Os olhos que iram-se e choram As Lágrimas que não eclodem A paixão incontida A incontinência do tempo Azul, Verde, Vermelho Verde Que não são dos olhos teus - e que bom que não são teus olhos verdes A grama que chama-nos ao sono ou à carícia O carinho que nos adormece A dormência do prazer O gozo da felicidade Verde, Azul, Vermelho Azul Do seu Céu Da sua íntima roupa Dos fios do seu pudor Despudorada inteligência Azul sem tom Tom sem Jobim Vermelho, Azul, Verde Cada cor em sua pele A cútis de agrado aos olhos Os olhos que sorriem Aluz dos olhos A janela do Arco Ora íris, ora Ília