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Talvez lembremo-nos

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Área verde - UFS, São Cristóvão Talvez, acabemos tão separados de nossas simplicidades, de nossos pequenos egoísmos que acabemos caindo no abismo da perdição que José de Alencar tanto cita em seu renomado Lucíola. E, entre as efemeridades, acabemos efêmeros, egoístas demais para caber no mundo e na ordem reinante. Outro dia, lembraremo-nos daqueles olhos que sorriam à nossa chegada, daquela alegria infantil que absorvia o dia em grandes divertimentos, que de tão simplórios, acabaram se perdendo em mesquinharias criadas pela doentia maneira de nunca acostumar-se com a tranquilidade do que é bom e infante. Lembraremo-nos das vezes que acabamos indo dormir felizes, apesar das discussões diurnas. Lembraremo-nos das lembranças que compunham o segredo e a publicidade, a razão e a despreocupação, a ação e a passividade. Lembraremo-nos de tudo o que nos fez estar juntos, quando as consequências eram as mais pessimistas. Lembraremo-nos de todos os que choravam ao nosso redor e das ...

Um poema despretensioso

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Arte: Winter Trees, Reflected in a Pond, William Henry Fox Talbot. Met. Vermelho, Verde, Azul Vermelho O batom desnecessário da sua boca Os lábios que ornam um belíssimo rosto Os olhos que iram-se e choram As Lágrimas que não eclodem A paixão incontida A incontinência do tempo Azul, Verde, Vermelho Verde Que não são dos olhos teus - e que bom que não são teus olhos verdes A grama que chama-nos ao sono ou à carícia O carinho que nos adormece A dormência do prazer O gozo da felicidade Verde, Azul, Vermelho Azul Do seu Céu Da sua íntima roupa Dos fios do seu pudor Despudorada inteligência Azul sem tom Tom sem Jobim Vermelho, Azul, Verde Cada cor em sua pele A cútis de agrado aos olhos Os olhos que sorriem Aluz dos olhos A janela do Arco Ora íris, ora Ília