Postagens

Mostrando postagens com o rótulo vaidade

De vez em chuva

Vez em quando a chuva cai de repente e a falta de um guarda-chuva causa o maior transtorno. É correria para a próxima marquise, é um desespero para não molhar o cabelo, a roupa, o celular. É o furdúncio que toma conta das pessoas e dos automóveis, todos procurando livra-se das inocentes gotas de água. Nesses momentos em que não há o que fazer e que não existe uma luta previamente ganha contra a chuva que cai do imenso céu antes azul, deveríamos aproveitar as gotas que lavam nossos rostos e levam, de volta às nuvens, nossas sujeiras e nossas formas primitivas de expressão, nossas desgraças e graças exageradas, nossos amores hereditários e nossas causas mais que justas – sempre justas, não é? Deveríamos não correr, mas ficar parados sob as nuvens cinza que nos faz o favor de demonstrar que a humanidade está sempre submissa aos desejos da natureza e, para esta, seremos eternamente parte de sua composição real. É quando o favor de banhar-nos se concretiza que é possível perceber...