Postagens

Mostrando postagens com o rótulo vídeos

A Copa pela música

Imagem
A Copa do Mundo já levantou, e continua, muitas atitudes tardias e sem efeitos que servem apenas colocar gasolina nas discussões dos Presidenciáveis de outubro. Fora isso, resta os vídeos e as músicas que conclamam os brasileiros e os cidadãos globais ao amor pelo esporte e pela identidade nacional, ressalte-se que não apenas a brasileira. O vídeo oficial da FIFA, We Are One (Ole Ola), produzido pelo rapper Pitbull com a  participação da baiana Cláudia Leitte e da estrela Jennifer Lopez não representa o Brasil em diversos aspectos, inclusive na universalidade da música e no pluriculturalismo. É bem produzido e tenta ser um chamamento para a alegria que o esporte pretende promover, mas para por aí e serve apenas para propaganda internacional da FIFA. Alguns não fãs de Leitte repudiaram a participação da loira na produção e iniciou uma guerrinha com os fãs. Entretanto, Cláudia Leitte representa o Brasil à medida que se coloca o “estilo musical” de lado e vê a brasileira em uma pr...

Sorria, Você está sendo filmado

A tecnologia contribui para a diminuição da criminalidade, para a parca diversão da mediocridade que assiste a programas de baixa qualidade nas tardes de domingo, principalmente, através das câmeras de segurança espalhadas pelas ruas e estabelecimentos de diversas cidades de todo o Brasil e do Mundo. No entanto, enquanto essas câmeras promovem a “diversão” e a baixa nas estatísticas da criminalidade, também provocam e aumentam a falta de privacidade de quem anda tranquilamente pelos passeios públicos, daqueles que procuram um lugarzinho para sexualizar a vida [ou o trabalho] ou dos que acreditam estar sob o anonimato para promover a alegria de outrem e a própria. As câmeras, meios acessíveis à tecnologia latente dessa nova sociedade ainda em formação, capturam as imagens que deveriam ser segredos e se tornam públicas para quem se interessar possa. As imagens, diferentemente dos aparelhos, passam a ser de domínio público. Destroem vida. Constroem pontes. Estabelecem paradigmas. E...

Pela janela

Fico observando a paisagem urbana através de minha janela adaptada contra a luz do sol, na noite que chove e faz calor, e enquanto uma música toca nos alto-falantes do computador mais próximo, uma música conhecidíssima, íntima, sempre presente nos tempos idos, fico olhando para a avenida intransponível durante o dia e deserta nessa hora em que a maioria dorme e outros tantos estão acordados fazendo-se sabe lá o que! Observo, sem querer, que não existem estrelas, apenas as luzes vermelhas no topo dos prédios avisando aos aviões que existe um edifício ali. Vermelhas como o sinal de pare do semáforo, como o batom que percorre muitas bocas durante o dia, como as cartas de um baralho que enriquece uns e empobrece outros, como a felicidade de verão de casais apaixonados, como a lingerie dos filmes e fotos, como a cor dos olhos após uma desilusão – ou após uma alergia pesada. São tantas que as estrelas somem deixando um céu feio, escuro, sem brilho, sem olhos, sem passado e sem perspect...