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Sorveteria: a diferença é a qualidade, as maldições e o calote

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Foto: vista panorâmica de Palmeira dos Índios - AL. Em um passado não tão distante assim eu estava saindo da única sorveteria, ou pelo menos a única loja que só comercializava sorvetes e açaí, de Palmeira dos Índios em um final de dia, com a porta comercial semi-baixada quando esta se soltou devido à deterioração e à gambiarra feia pelos proprietários, quase provocando um acidente gravíssimo. No momento em que eu saía, uma moça entrava e correu o mesmo risco que eu. As câmeras instaladas evidenciaram o risco de morte que nós dois corremos e o que realmente aconteceu. Seguindo o lema implícito da sorveteria - "Não queremos perder nada" - os proprietários escolheram a moça que entrava no exato momento em que a porta saltou e quebrou, quase matando-nos, para pagar pelo erro e pela negligência dos proprietários. Mas não quiseram dinheiro. Segundo eles mesmos: "a moça deveria aprender uma lição para ter mais cuidado com as coisas". Eles só não disseram que ela ...

Era uma vez as Praças de Palmeira

Em Palmeira dos Índios as coisas vão de mal a pior. E para entender precisamos regredir um pouco no tempo e ir até as cidades de São Paulo - SP e de Arapiraca – AL. Na capital paulista, lá pelos idos de 1970, a vida naquela capital se tornou um prenúncio do inferno sobre a terra – se o inferno realmente existir. Praças foram pisoteadas pelo “desenvolvimento” dando lugar ao concreto e à falta de bom gosto. Até hoje São Paulo não se recuperou das contínuas destruições que sofreu (e ainda sofre) em seus meios de promoção da qualidade de vida. Em Arapiraca, no interior alagoano, o processo foi inverso e o que se tem observado é um crescente na qualidade de vida, naquilo que se pode dizer sobre qualidade em uma cidade sempre em crescimento – inclusive na bandidagem-, refletido na construção de praças e meios de lazer para os munícipes. Em Palmeira dos índios, na contramão do que ocorre na vizinha Arapiraca, e muito próximo da destruição Paulista a partir de 1970 com a construção ...

Tendência

As pessoas tendem a esquecer, nas mentiras e ilusões que inventam, aquilo que era seu firme alicerce, sua maior razão de sorrir. O brilhantismo de uns olhos que um dia você conhece acaba em outro, sem explicações, sem muitas palavras. Apenasmente acaba. Nos sentidos dos bancos de praças, que resistem aos anos, aos consentimentos de casais efêmeros, ao fim da vida das árvores, aos segredos que se tornam públicos, passa a não existir a tranquilidade daquilo que se quer ter, em um sempre que termina ao longo de uma contínua evolução individual, mas que permanece livre de qualquer modismo. Nas praças onde dormem mendigos nas noites sem chuva, nos mesmos bancos em que corpos abandonados ao álcool, sentam-se também os que têm para onde e que terminam, sem explicações, suas vidas. E, entre lágrimas que molham o rosto, vindas do mais profundo sorriso, daquelas outras lágrimas que surgem de um corte igualmente profundo, de palavras que se perderam no vento, ou derreteram como sorvete expos...