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Construto Pessoal

 Quando paramos e todas as necessidades mais básicas estão minimamente satisfeitas (ainda que por breve momento), o silêncio ocupa todos os espaços por dentro da nossa complicada mente e em todos os vértices do lugar em que nos encontramos. Amores são revisitados e passamos em revista aos nossos desejos e frustrações. Talvez por isso odiemos terrivelmente quem nos mostra nossas fragilidades e medos. No fundo, somos o que somos. Nem mais e nem menos. Somos um construto de tudo o que escolhemos fazer, ver, ouvir, dizer, ponderar, projetar.  E então, resolvida a questão do que somos, nada mais resta a problematizar além daquilo o que procuramos definir como o Eu-que-me-habita.   Dessa maneira, quando olhamos bem direitinho para o que fazemos, percebemos que buscamos demais por riqueza, concreta ou virtual, que nunca nos chega simplesmente porque não estamos dentro da casta que a detém, por natureza, nascimento ou privilégio. Procuramos fora o que não nos pertence e apri...

A misoginia - uma superfície

 A misoginia tem raízes cotidianas. Insinua-se em pequenos desentendimentos no trânsito, no trabalho doméstico e na formação educacional. Vai tomando forma com discussões acaloradas e sedimenta-se no comportamento geral de ambos os lados. Sempre esteve presente e continuará sob novas formas e novas roupagens até que se entenda que a questão do ódio sedimentado não é uma questão de gênero, mas da espécie. Questão de dominação, o homem busca seu domínio sobre homens, mulheres, crianças. O branco busca manter seu domínio sobre o preto, o branco, o amarelo, o cafuço e os demais. O hétero busca manter sua hegemonia sobre o gay, o bissexual, o transsexual, o travesti e as demais siglas. É sobre poder. Nunca foi sobre representatividade. Sob esse manto, há questões como a misoginia, que vê a superfície e jamais atinge a profundidade, seja por incompetência estrutural dos debatedores, seja pelo plano político que se desenrola no governo dos países a partir das comunidades. A utopia de um m...

Bofetes

Mulher, como bem salientou Nelson Rodrigues, gosta mesmo é de apanhar. E quando não apanha sente falta e procura quem lhe esquente as faces. Tão verdade que jamais conheci fêmea que negasse umas boas bofetadas, na cara ou na bunda, antes ou depois do sexo (cada uma com suas próprias preferências). Assim, aquelas que dizem que não gostam de apanhar antes, durante ou depois da selvageria sexual possuem, certamente, um quê de loucura que precisa ser urgentemente tratada, pois, a despeito do que pregam certas "feministas", a mulher, termo aqui referente apenas  ao gênero, gosta mesmo da submissão e da possessão pelo macho que escolheu.  Esse comportamento, obviamente, entra em rota de colisão com alguns princípios de algumas doutrinas religiosas que insistem em idealizar um comportamento arrogante e déspota. Como pode regras religiosas determinar a posição sexual preferida da mulher e ditar-lhe se pode ou não apanhar durante a hora sacana? Deixando de lado essa idiotice r...

Relação moderna

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O aborto compete à mulher

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Fonte: imagem da internet O aborto, sempre, é um assunto polêmico que levanta armas dentro e fora da igreja, dos tribunais e dos congressos e que, de modo geral, não é problematizado nos lares. E o debate em torno do assunto é improdutivo, com raras exceções. Quando se fala em legalização do aborto as pessoas logo entendem, de maneira implícita, que ocorrerá uma onda de abortos a cada esquina e que haverá uma permissividade sexual legalizada e executada em todas as esquinas de cada cidade do país (como se isso já não ocorresse). O que ocorre é que as pessoas não sabem ler nem interpretar corretamente o que é dito. A legalização do aborto não significa que de fato haverá a execução do ato abortivo, mas que a mulher, quando sentir, por algum motivo, que deve realizá-lo, poderá fazê-lo em uma clínica especializada e não em um açougue, como ocorre atualmente - isso quando não é feito em casa mesmo. A questão, antes de as armas serem levantadas de um lado ou outro, é sobre o dir...