O Dianho

Folhas e flores do jasmineiro do IFAL - Palmeira dos Índios Sabe, às vezes o amor bate à porta, dorme na horta e nunca está acordado quando se precisa dele. Às vezes vemos uma figura e pensamos que é o amor dormindo, de braços cruzados sobre os olhos. E quando chegamos perto - buuuum - é só um reflexo do desassossego. O amor tem pilantragens estranhas - gosta de cuspir na comida alheia, de sorrir em velório, de criar raízes em pés de gente. O amor é ladino! Cá para mim, esse tal de amor é espécie de dianho que morde o calcanhar da gente e espera nosso choro; e quando sequer o olhamos, ofende-se, grita com a gente, fica vermelho de raiva e diz 'destá!'. Outro dia ia passando sob o jasmineiro e o vi contando uma história - coisa mais estranha. De outra feita, os jambos estavam querendo cair - já não aguentavam mais tanta gente dizendo que eram vermelhos como o amor e do formato certinho de um coração. O amor dá para endoidar até as plantas, quanto mais nós...