Um domingo sincero

A Cidade do Amor, Palmeira dos Índios, à noite “Então volta, traz de volta o meu sorriso” canta o Araketu em uma das verdades inexoráveis que o homem costuma acreditar, principalmente no domingo, quando a preguiça instala-se entre a porta e a cama. Uma verdade difusa, aberta a contestações. Dúbia. O indivíduo deixa o outro fazer consigo tudo o que ele mesmo permite. E aí, sem razões lógicas, ouve-se, de domingo a domingo, milhares de pessoas reclamarem de seus sorrisos perdidos por esse ou aquele alguém, por aquele ou esse motivo. Tudo uma mera ilusão que vivem por acreditar que outrem pode ser a razão da felicidade. E se o sorriso, que sempre vem junto com a figura de alguém, não mais aparecer? E se tudo acabar, sem aviso? E se uma mensagem de texto, atrasada, chegar revelando todo o trágico fim de uma felicidade? E se essa felicidade nunca existiu de verdade e o que acreditava ser um saudável relacionamento não passou de uma solidão vivida por dois? Da preguiç...