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A ordenha de Palmeira

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Foto: Cachorro abandonado no centro de Palmeira dos Índios. Rafael Rodrigo Marajá Os animais domésticos, ou não, sempre estiveram na berlinda em Palmeira dos Índios. Os hábitos comuns entre parte dos moradores de envenenar e abandonar animais são práticas quase incorporadas ao ambiente urbano do município. Os hábitos evoluíram e agora os envenenadores e abandonadores chegaram ao cúmulo do inconcebível. Nessa última semana fui levado, contra vontade, para o desprezível e nojento mercado público da carne e nem mesmo entrei no edifício e já pude vislumbrar, além da falta de higiene, do esgoto a céu aberto - principalmente aos sábados e quartas-feiras - e dos ratos por toda parte, uma cena muito mais desprezível que todo o conjunto que sustenta a mesa dos palmeiríndios: três filhotes de cachorro, ainda com o cordão umbilical, jogados em um buraco de lixo e cobertos com papelão, sob o sol inclemente das onze horas. A cena e o ato já é, em si, o mais degradante que um dito ser ...

Vida cruel

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Viver no nordeste, nessa época do ano, não é fácil. Nada fácil. Em Palmeira dos Índios falta água seis dias e 20h - apenas 4 horas de água por semana. O sol é escaldante e a terra parece que vai pegar fogo. Sair à rua é praticamente uma insanidade cuja única motivação é a necessidade. E se para os humanos é difícil, imagine para os animais, principalmente os de rua e abandonados! Não é raro encontrar, entre as dezenas de cães e gatos moradores de rua, animais de grande porte, como equinos e bovinos, perambulando pela cidade, morrendo de sede, fome e cansaço. Esses animais, que invadem ruas e rodovias, casas e terrenos baldios, viram e reviram lixeiras e o que mais aparecer, são vítimas de donos irresponsáveis e aproveitadores que, para economizar e poupar trabalho, entregam ao deus-dará esses pobres animais até que voltem a precisar dos seus serviços. Perambulando, indo de um ponto a outro da cidade, eles imploram por água a todos que passam, sentem na pele o sol quente do dia t...