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Trabalhador Brasileiro VII

 Nós, trabalhadores brasileiros, não queremos muito. Por vezes, inconscientemente, almejamos as migalhas do nosso superior hierárquico, mesmo que esse superior seja tão pobre quanto nós. Migalhas que nos torna mais gente - pessoas dignas, ao menos, de pena.  Aceitamos a degradação porque nos disseram que isso era obrigatório para ter um contrato assinado. E para fazer jus a tal degradação, seguimos sendo atropelados por ônibus urbanos em horário comercial. E, mesmo estirados no asfalto quente com a vida se esvaindo em galopantes momentos de perda de sangue, há sempre um chefe perguntando se dá para ir trabalhar por mais um dia.  Mal alimentados, mal vestidos, inseguros e abusados, nós ainda esperamos as migalhas que nos farão pensar que tudo vale a pena. Precisamos disso para suportar mais um dia, por mais um dia apenas. 

O terrível

Quando o dia vai esfriando e enegrecendo vão aparecendo os fantasmas de uma vida estranhamente ocupada demais - vazia demais, infeliz demais, solitária demais.  E vai caindo, o dia. A luz dando lugar a sombras. Os amantes refugiando-se em pequenos ângulos. Portas fechando-se. Televisores sendo ligados. Cuscuzeiros esquentando em fogões, quase todos. E a vida sendo desocupada, revelando a crueldade e a inexorável verdade. Há quem jante em restaurante, falando de trabalho, com colegas de trabalho, como se pudesse estender o dia e as horas de estresse para espantar o terrível. Há quem compre cerveja e convoque os colegas para "divertirem--se", em conversas estéreis, até a cerveja acabar. Há quem nem em casa chega, nunca. Daí a pouco o dia nasce. Os cuscuzeiros voltam aos fogões e olhos cansados não de veem nos espelhos mofados de banheiros tantos. Nascendo, com uma luz forte, o dia esconde os escombros do terrível, do vazio.

A cisão entre dominador e dominados

Perder o poder sobre alguém é uma das maiores motivações que faz com que as discussões sejam tão violentas, pois onde existe uma discussão, geralmente, há o declínio do poder que uma pessoa assume sobre outra. Esse poder, injusto e destrutivo, é a razão de quadros depressivos nas famílias, nas religiões e no trabalho. No ambiente familiar, o domínio é tido justo pelo fato de que os filhos são subalternos dos pais, incapazes de pensar e agir com livre arbítrio; e a mulher, nesse contexto, quando igualmente tratada dessa maneira, vive sob o julgo desse domínio destrutivo. Nas religiões e seitas, para manter uma hierarquia de poder sobre os bens materiais e sobre a vontade do outro, o dominador utiliza-se de promessas que nunca são cumpridas nesta vida e cuja busca pela manutenção da garantia de cumprimento dessas promessas esta atrelada a ira de uma entidade vingativa e exasperada. Afora o conto de fadas, adaptado para cada doutrina, a relação conflituosa entre dominador e dominado...

A cisão entre dominador e dominados

Perder o poder sobre alguém é uma das maiores motivações que faz com que as discussões sejam tão violentas, pois onde existe uma discussão, geralmente, ha o declínio do poder que uma pessoa assume sobre outra. Esse poder, injusto e destrutivo, é a razão de quadros depressivos nas famílias, nas religiões e no trabalho. No ambiente familiar, o domínio é tido justo pelo fato de que os filhos são subalternos dos pais, incapazes de pensar e agir com livre arbítrio; e a mulher, nesse contexto, quando igualmente tratada dessa maneira, vive sob o julgo desse domínio destrutivo. Nas religiões e seitas, para manter uma hierarquia de poder sobre os bens materiais e sobre a vontade do outro, o dominador utiliza-se de promessas que nunca são cumpridas nesta vida e cuja busca pela manutenção da garantia de cumprimento dessas promessas esta atrelada a ira de uma entidade vingativa e exasperada. Afora o conto de fadas, adaptado para cada doutrina, a relação conflituosa entre dominador e dominado...

Das negligências veladas

As aulas de Higiene e Segurança no Trabalho revelaram muitos fatores interessantes que esvoaçam nos edifícios de Aracaju e na Universidade Federal de Sergipe. O principal deles é a possibilidade de incêndio sem chance de salvação para bens materiais e para humanos - tragédia decorrente da negligência de servidores e empregados. Na UFS, em um treinamento convocado pelos responsáveis pela saúde e segurança no trabalho (para técnicos de laboratório e quem mais se interessasse), apenas as turmas de Higiene e Segurança e uns dois técnicos estavam presentes o que indica que toda aquela confusão que terminou em greve nos meses anteriores não passava de conversa fiada uma vez que quando a Universidade oferece meios de garantir a integridade dos servidores estes sequer dão-se ao trabalho de fingir interesse. É claro que a presunção de conhecimento absoluto sobre as técnicas adequadas de segurança fará, em uma situação de risco, a um desastre anunciado. Os condomínios da capital também n...

Nota para Minoria Prostituída

Com essa nova onda de aceitação das minorias que atingiu o País agora é possível falar abertamente para algumas classes de trabalhadores que merecem a atenção da sociedade, em particular dos usuários. Pode-se começar pelas prostitutas. Ou melhor, pelas jovens que estão entrando nesse universo – embora não seja aconselhável. Algumas dicas são fundamentais, tais como: Não é por que vai vender o corpo que todos precisam vê-lo todas as horas do dia;     A linguagem precisa ser escolhida. A prostituição pode ser vista como um negócio qualquer e por isso precisa estar livre da linguagem obscena e vulgar;     É necessário instruir-se. Nesse ramo não pode haver a superstição que envolve a prática sexual em cidade de inteiro, por exemplo;     Estabeleça limites para sua atuação;     Dê-se valor. Apesar de parecer estranho tem que considerar que Prostituta dada a qualquer coisa fica desvalorizada;     Seja familiar. A razão de ser ...