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O perfume da Fran

Há perfumes que deixam na pele o gosto por mais... e mais pode ser só desejo e exalações como também pode ser a vontade desabalada caindo ladeira abaixo, seja na boca de alguém ou nos braços de outro alguém. Fran passou com perfume, um cheiro que invadia o corpo e despertava aquilo que se pode chamar de pecado e que, entre paredes, é também conhecido como Paixão Violenta. Sua boca, aquela boca, revestida de vermelho e um agradável sabor de frutas vermelhas arranha a língua, os olhos e a voracidade. O perfume, aquele perfume que fica muito tempo depois que ela se vai, fica como lembrete para a violência da paixão que se desperta. O suor que dela decorre, as manchas de batons que dela resvalam e a vontade é uma somente uma questão de quando, e não de se. Fran sabe que não deve dar a bochecha - não a bochecha - descaradamente quando se pode oferecer mais. E quanto mais se der, melhor será.

A hora no Ônibus

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Abstrato de cheiro Que não fazer nada pode ser um pecado, todo mundo está sabendo. Que passear é um privilégio de quem não precisa estudar e depois trabalhar, sempre e cada vez mais, isso a maioria sabe sem precisar de líderes - religiosos ou políticos - que nos diga qual a cor do paraíso ou o cheiro do inferno. Entretanto, a união desses dois fatores - passeio e preguiça - é o que torna qualquer rotina em uma viagem cheia de particularidades  nem tão boas, nem tão ruins, mas sempre interessantes! Assim, tente sair de transporte coletivo, sob um sol que provoca a ira do calor constantemente, cheio de pessoas que se movimentam pelo cansaço e estresse de provas; pela pressa ineficiente de compromissos de importância duvidosa e por uma vida sempre tão igual, cuja monotonia faz qualquer criatura vegetar à luz de   um céu profundo e ao som de músicas impertinentes. Então, em um dia que a coragem subiu a um nível pecaminosamente alarmante, decidi pegar o ônibus coletivo...