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Fotografia, um poder imenso

Quem não tem fotografias guardadas? Retratos que registraram tantos momentos implícitos, tantas formas ímpares de dizer palavras sem ao menos abrir a boca, ou sorrir sem desgrudar os lábios. Nas imagens que estão guardadas, onde está aquele desejo de imensidão que tomava conta das ruas e diminuía o esforço de viver na corda bamba das decisões difíceis? Talvez não sejam milhares de fotos, nem tenham pessoas bem vestidas em poses poderosas. Talvez os papéis coloridos recortem sua alegria silenciosa em um dia à beira-mar, em que a saudade aflorou a paixão e todas as palavras do mundo poderiam ser ditas em um único gesto, quem sabe um grito? O poder do registro é imenso. O da fotografia extrapola esse poder e estabelece fundamentos únicos que são seguidos à revelia dos indivíduos, pois ela guarda histórias inteiras, breves lapsos de vida, uma gigantesca expressão intraduzível. Lá, entre folhas rabiscadas, livros lidos, planos, pessoas, passado, poeira, está o que realmente impo...

Inesperado #03

O inesperado só tem valor quando se derrama, no curso natural dos dias, lágrimas na pele abatida, sorrisos em rostos intempestivos, amor nas mãos de odiosos. Abrir-se ao novo com medo de cair, perdendo-se no vão do acaso, é tão importante e imprescindível quanto respirar! Conhecer e deixar-se conhecer pelo inesperado nem sempre é uma escolha, mas aceitar os problemas e enfrentá-los de forma decisiva, mesmo que outras pessoas despedacem-se frente a verdade crua e real, é puramente uma questão de querer ir à luta! Compreender que tão importante  que ganhar: é perder, publicamente, o norte ! É obter, na perda, a vitória subjetiva de quem ver nos sorrisos dos vitoriosos a razão e o objetivo de se perder, pelo menos uma vez, o que se quer ganhar. Mas que se ganhar, sorrir como se estivesse perdido!