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Despedidas: nem sempre suas, nem só minhas

Tem a despedida um sabor tão intenso que não se pode dizer se é doce, amargo ou salubre. Tem essa forma de chegada, a partida, uma dor no estômago, uma lágrima escondida no canto dos olhos, um sorriso extravagante tão grande que o corpo, por si só, repele todas as emoções. A tristeza pela despedida E a emoção   pela sensação do dever cumprido realização. E parece que quanto mais tempo permanece em um lugar, mais a terra se torna sua, mais o ar se torna seu cheiro, mais as paredes são suas. Os guerreiros   sobreviventes dos quatro anos Anos de luta e muita dor de cabeça Anos de risos e lágrimas. Risos pelos bons momentos com os amigos Mas sempre há as lágrimas. Aquelas que deixam cair entre o labirinto de laboratórios que ninguém frequenta, entre os amores trocados a cada ano – ou a cada estação. Entre tantos risos, as lágrimas têm seu valor. E lágrimas por muitas noites em claro, na busca pela aprovação. Mas guerreiros não desistem E, por f...

Do Amor?!

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by Nokia Amor, dizem, é aquilo que faz sorrir quando a pessoa amada se aproxima.  É aquele riso involuntário que insiste em ficar no rosto, quando o ser amado vem, passa e fica. Um riso que constrange de tão alegre e aberto. Uma expressão do mais alto grau de denúncia. Paixão fluente Desejo ardente Do amor?! Nossa que horror E quem, ao ver chegar, aquele amor, não sorriu? Da lealdade?! Que maldade O amor que é um bobo Amor é prisão libertária, fase solta de um corpo que voa como folha seca do outono para o lugar seguro dos braços alheios, sempre presentes. O amor também é triste, sempre que o motivo do riso se vai. Sempre que a falta de motivos é um motivo para não existir mais a paixão, semente bombástica desse amor. Bobo seria perder-se-ia Se algum dia Amar iria Versos da Poesia, Amor?!, de Naillys Araújo. Prosa de Rafael Rodrigo Marajá  Sessão: Prosa e Poesia. Parceria.

Os tênis do caminho

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Cena do filme Os 3 Os tropeços da caminhada, nas ruas e avenidas sempre tão iguais e poeirentas, são os obstáculos que precisam ser enfrentados para compor, aos poucos se sempre devagar, uma história, uma lembrança, amores, despedidas, encontros, recomeços. Às vezes são tantos tropeços que não tem calçado que resista, olho que não chore diante daquele amor que vai embora após tantas juras e promessas, corpo que chegue limpo ao final de um dia tropeçante. Um lance de escadas Em uma sacada Vários pares de pés Muitas propagandas é o que és! Muitos adidas todos iguais Reles e fúteis, no mais Não passam de meras propagandas Mas a mim não enganam Essas aparências sacanas... De um lado estão marcas, roupas, joias, fotografias. Do outro, estão os sentimentos – feras mutantes que não se aquietam em uma única maneira de ser. No meio, não do caminho, apenas no começo dele, está quem enxerga o chão e o céu, no mais alto grau de incompreensão, saudade, lástima ...