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Um conto para Melissa

No corredor cinza-e-branco o tempo não podia ser medido apenas por um relógio digital, na tela de um aparelho celular, cujo plano de fundo sempre lembrava o mais lindo sorriso que já viu. Também não podia ser aprisionado durante aqueles breves instantes em que a luz do visor se mantém acesa e seus olhos buscaram, naquele rosto, todo o amor que emanavam dos núcleos das minhas células para aquele corpo, tão distante e tão perto, que era retratado ali, na única forma de segurar brevemente o tempo – a fotografia. O tempo, imensurável, transformou-se em bits, que enviaram por meio das micro-ondas, uma simples mensagem de texto que chegou atrasada no celular de destino simplesmente por que a operadora de telefonia móvel oferecia mais linhas e promoções do que sua estrutura podia suportar. Mesmo assim, talvez a mensagem tenha cumprido sua missão – já que a pessoa pode ter caído de emoção ao recebê-la – ou não. Só que outra mensagem nunca chegou de volta, dizendo o que quer que fosse. N...