Reflexão da madrugada
O que acontece quando o que era para “sempre” tornou- se passageiro, flutuante entre a emoção que surgiu entre o dia ocioso que corria na maré da mansidão da espera que algo aconteça e a razão entre as partidas e despedidas, inúmeras, de todos os dias? O que acontece quando se olha dentro de uma pessoa, passando pela retina e entrando no corpo, através do cérebro, por meios dos impulsos elétricos que formulam imagens? O que acontece quando é mais fácil dizer “talvez”? É fácil passar pelos mesmos caminhos sempre olhando as mesmas paisagens, ouvir as mesmas músicas, ler os mesmos outdoors, estar sempre alinhado com a pequenez do cotidiano(sim, o cotidiano é pequeno, pois ele é incapaz de perceber as mudanças em outras pessoas, o acúmulo de poeira entre as cartas – de amor ou não -, a nitidez da clara luz que ilumina a feiura do rosto inchado no acordar útil para uma vida que agride a própria essência ao efetuar seus desígnios estranhos e, em alguns casos, mortíferos.) sem notar a...