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Socialmente toleráveis

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Quadro: The Conversation. Henri Matisse. 1911. Sempre conheci mulheres, de fortes a fracas, de feias a belas. Todas elas, de um modo ou de outro, querem a atenção de outras mulheres e de homens, seja para defender sua posição social seja para garantir sua marca - qualquer que seja.  De todas as mulheres que conheci, até hoje, algumas se destacam pela urgência em querer ser o centro das atenções. Na maioria das vezes a inveja alheia e a agonia de não estar em evidência acaba gerando má reputação e um rastro de lama que é muito difícil de limpar. Essas mulheres, especificamente, acabam marginalizadas em uma sociedade hipocritamente puritana, quando a expressão, de algum modo, é aplicado à sociedade contemporânea, por usarem a beleza que dispõem e os recursos naturais de suas qualidades físicas para ocupar um lugar de destaque nas comunidades em que participam.  Embora seja um pensamento infantil que acarreta consequências sérias, temos o hábito de não avaliar o comp...

Paixões violentas

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Quadro: The fall of Icarus. Matisse. 1943. O que nos falta são paixões violentas. Falta-nos a urgência da violência promovida pelo amor efêmero - a completa expressividade entre dois seres. A maioria das pessoas apenas tem pessoas-chaveiro com as quais podem, nem sempre, aparecer em um ou outro evento social. A maioria apenas sobrevive em relações deprimentes para não cair no inevitável abismo da mudança e do desapego que surge ao ficar só com os próprios pensamentos e o lixo que se acumula nas estantes, nos armários e nas roupas. Uma paixão violenta, que não precisa durar mais que uma semana e que pode durar anos, traz criatividade, vontade de viver,  desprendimento e força de vontade. São essas paixões que fazem o mundo girar, a tecnologia alcançar os mais altos patamares da inovação e a humanidade produzir as melhores peças de artes, quaisquer que sejam. Vida insossa, paixões insossas e a mediocridade dos medos habilmente conservados e cevados pela língua do povo não...

O amor nas terras da brutalidade

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Olhando para o sol quente sobre a grama do campo do IFAL e pensando nas dezenas de centenas de pares que caminharam sobre aquela grama ocorreu-me que o amor a que estamos acostumados está mais para cólera que afeto. Por uma questão de exemplos temos sempre a impressão de que o normal é que para uma relação ser boa ela precisa fazer uma das partes chorar e a outra viver em constante estresse e frustração. O amor parece nunca ser sinônimo de virtude por essas bandas nordestinas. Ele é sempre traduzido como presentes em uma ou duas datas "especiais". Ou o amor se traveste de luxúria e mostra-se apenas como carne e suor ou enruste-se de agressividade gratuita. Quase nunca é valorado positivamente. Então, para completar o quadro grotesco do amor nas terras da brutalidade temos a língua-do-povo para não deixar o pretenso corno e a suposta puta - sempre os outros - em paz. Ah, como é doce a puta alheia e o chifre do vizinho! Imagem: Music. Matisse.  E assim, seguindo os...