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Mostrando postagens com o rótulo Liberdade de Expressão

Ofendidos, mas seletivos

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Reprodução da imagem: redes sociais. Os muito cristãos que encobrem abusos morais e sexuais entre as paredes sagradas de diversos templos religiosos e que perseguem aqueles de religião de matriz africana (chegando até a devassar terreiros em conluio com traficantes) e que pregam a violência passivo-agressiva contra gays, mulheres solteiras e com filhos e contra pobres e miseráveis agora estão ofendidos, novamente, com o especial de natal do humorístico Porta dos Fundos, assim como já se ofenderam, em menor escala, contra o Um Sábado Qualquer. Ofendem-se com a diminuta releitura de uma parte da vida de Jesus Cristo e não se perguntam o que Ele fez na maior parte de sua vida terrena e que não está na Bíblia "Sagrada" . Ofendem-se por Jesus ser representado pardo, pobre e gay - tudo o que a igreja neopentecostal odeia.  Ofendem-se por notarem que a interpretação dos evangelhos não é mais exclusividade da grande igreja medieval . Ofendem-se porque o Deus que eles...

A beleza do Candomblé

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A beleza do candomblé está no relacionamento entre homens e Deuses e no fato de que estes nunca estão suficientemente longe para que não cuidem dos seus filhos. Uma religião que mostra que o respeito e a delicadeza podem estar de mãos dados com a força. Uma religião cuja história revela a história do povo brasileiro e que, por essa razão, é vítima de ataques e de preconceitos daqueles cuja raiz é negra e religiosamente candomblecista.  Tal sentimento do belo decorre da dança, da música, do respeito, da comida, da tradição, do idioma e da deferência entre os próprios Orixás e entre homens e Orixás.  Que o amor que Oxalá sente por seus pares e por seus filhos se estenda a todos aqueles que demonizam o que é diferente fazendo com que as barreiras que impedem o crescimento espiritual de todos nós sejam vencidas por esse amor. Que sejamos negros, na alma e na força do nosso axé.

A dualidade africana

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Foto: reprodução Twitter/entidadesincera A beleza que emana das religiões de matriz africana transborda nos atos entre os praticantes e no amor e na proteção que parte das divindades e entidades e se estende a todos aqueles que querem, desejam e aceitam tal amor e tal proteção.  São as divindades africanas que nos ensina o valor do respeito e dualidade da natureza do espírito humano e, não é estranho, que essa dualidade destrua os preconceitos, inclusive oriundos de religiões "brancas" e ditas "cristãs", que violentam a liberdade de expressão e religiosa. Oxalá e Exu juntos representam essa dualidade e mostram-nos o caminho que devemos seguir para conseguir alcançar o equilíbrio necessário ao nosso desenvolvimento espiritual, emocional, moral e intelectual neste e em outros planos. O que precisamos é começar a caminhada e entender os conceitos de bem e mal . E seguir avante, destituindo-nos de preconceitos, amarras morais e egoísmos. 

Nossa liberdade

Andamos frouxos! Diante das possibilidades que nos são colocadas diariamente optamos por preferir seguir a massa impensante dos nossos “iguais” a ousar pensar, escolher, preterir o igual, que a todos agrada e entretém. Não somos obrigados a aceitar passivamente a privação da nossa liberdade individual, que só pode ser efetivamente aproveitada no recônditos da nossa mente. O livre pensamento e a especulação acerca dos fatos da vida a partir dos nossos pontos de vista e das nossas concepções são nossa maior arma contra a bestialidade coletivamente aceita de que é possível mandar no pensamento alheio e ser cegamente obedecido. Somos as próprias possibilidades, livres por natureza e capazes de feitos, ainda que aparentemente insignificantes ao mundo. O que nos falta apenas é o pensar. Pensar com eficiência e eficácia.

Crise Moral

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The Circus (Jazz). Henri Matisse. 1943 Desde o populismo varguista o Brasil aceitou, como muita resiliência, a crise moral que se instalou nas instituições republicanas. No período ditatorial a crise foi suprimida pela necessidade de liberdade, a mais buscada era a de expressão, e pela natural justificativa  do sistema de governo instalado nos grandes centros urbanos. O problema das saídas tangentes para a repressão da ditadura foi a exclusão dos pobres das estatísticas de saúde, educação e desenvolvimento humano. Durante muito tempo os pobres e miseráveis eram apenas a escória de uma sociedade que não sustentava os próprios medos e limitações. Quando o país deixou a Ditadura para trás e iniciou seu processo de redemocratização a mídia que sobreviveu ao regime autoritário seguiu seu rumo, não sem continuar a manipulação das massas, e assim a primeira eleição presidencial, na aurora da década de 1990, foi eivada dos vírus manipulativos desenvolvidos na Ditadura. Enquanto o...