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Lembrança*

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Pintura: Lilacs in a Window. Mary Cassatt.  O que dirá você Que se foi para a terra, Longe como o sem fim Do meu samba? O que falará do eu Calibre nas rodas e bamba No seu novo tempo Longe de mim? Citará sua farra Embebida no doce da noite Ou no salgado do dia esquecerá O meu canto secreto? *Poema do livro   Anjo da Guarda , de Rafael Rodrigo Marajá.

A Lembrança

Vez ou outra tem o prazer de lembrar-se de alguma coisa que já vivemos intensamente e que, no fim, algo deu errado e uma matilha de gente saiu em gargalhadas e outra em um tal desconsolo que perseguiu o espírito de um ou outro por um certo tempo. Nesse espaço temporal, onde quase tudo acontece, a mente vai de 0 a 380km/h e os pensamentos tendem a ser desconexos, surreais, cujas atitudes consequentes são sempre algo que certamente não muda a experiência vivida, mas que altera a natureza do ser em questão. Lembrar-se de algo, ou alguém, pode ser danoso, ao mesmo tempo em que é reconfortante, animador, triste, alegre, pode ser dolorido, nostálgico demais para caber no relógio, no calendário marcado dos dias que passam sem que se perceba que a expulsão de alguém, ou algo, da frente das vistas é algo tão trabalhoso quanto iniciar a Terceira Guerra dentro de um corpo que não passa de 3m e não inferior a 0,50m, apontando armas para além da fronteira epidérmica. E, mesmo assim, é compensad...