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A presunção da importância

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Pintura: Before Dinner. Pierre Bonnard. 1924. Apesar do que prega alguns pensadores, como os da Administração, as pessoas não são importantes. Elas são meras ferramentas em diversos processos nos quais o resultado é mais importante que os prejuízos para atingi-lo. Presumimos que o homem é "muito importante" para justificar nossas inseguranças e falhas e para conseguirmos levantar pela manhã e dizer ao espelho que o trabalho fútil que só serve para prover, de forma precária, o alimento de todos os dias é essencial. De essencial só temos a vida - e olhe lá de qual tipo de vida estamos falando. Se olharmos atentamente para uma obra da construção civil veremos peões que podem ser substituídos a qualquer tempo, sempre que desejarmos que a obra avance mais rápido. Do engenheiro ao pedreiro mais preguiçoso - todos podem ser substituídos. Se entrarmos em uma sala de aula, veremos que o professor e os alunos podem ser substituídos sempre que a qualidade da educação daquele...

Incapazes desprezíveis

Alguns exemplares da espécie humana são desprezíveis não por sua condição social, por seu acesso à educação ou por seu comportamento público. São desprezíveis por sua incapacidade de compreender o mundo que os cerca e de interagir com ele de modo que não gere discordância entre o “certo”, não o politicamente correto, e o que realmente ocorre. São desprovidos de toda a capacidade de querer fazer e isso, aos olhos de alguém mais sensato, pode parecer bárbaro em determinadas situações. Entretanto, pessoas desprezíveis não merecem o apreço de uma crítica, uma reclamação superficial qualquer; são merecedores, portanto, de um profundo silêncio – mais esclarecedor que muitas palavras articuladas.