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Ninguém salva o Brasil de si

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Portrait of the Artist. Mary Cassatt. Met. Olhando a onda que se espalhou pelo país, e que é tão costumeira no processo eleitoral de um povo que resiste ao processo educacional civilizatório, há que sorrir da ironia do eleitores frente às ideologias dos partidos e às "propostas" dos presidenciáveis. À parte as agressões, reais e inegáveis, dos bolsominions contra minorias e a latente apologia à tortura e à ditadura; e igualmente desconsiderando os petistas fanáticos, tem-se um drama violento que se desenrola nas ruas, nas igrejas e nos domicílios, onde ninguém sai vencedor, a despeito do resultado do pleito. Foi observando essas anomalias que chego à conclusão que uma parte dos gays enrustidos continuarão cometendo suicídio e aumentando os casos de depressão registrados no sistema de saúde. E isso pela simples razão de que eles acreditam que estar enrustido, suprimindo seus desejos em uma organização religiosa (pensando que vai para um pseudo céu) e aplaudindo dis...

Uma barbárie eletiva

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Head of a ruler. Metmuseum. Estamos em plena barbárie. Não debatemos mais ideias, planos ou propostas de candidatos ao Palácio do Planalto. Agora nós nos agredimos. Passamos ao esfaqueamento de candidato, superamos as velhas táticas de propagar mentiras e passamos a produzir um estado dominado pelo terror, pelo medo, pelo bloqueio do diálogo. A que ponto chegaremos nós quando concluirmos que a ilusão que criamos não pode existir e que, no fim, amigos ou não, estamos dentro do mesmo barco? Onde estará a divisão violenta que ora produzimos e fomentamos quando a inflação bater à nossa porta, ameaçando o nosso almoço? O que faremos quando a violência física e moral que infligimos ao outro voltar-se, sedenta, contra nós, exigindo a paga pelo trabalho feito?