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Bate-papo reverso (direto (verso(anverso)))

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Os serviços de bate-papo tornaram o mundo e a distância menores, sempre a uma janela de distância. Tornaram as pessoas sempre próximas. Tornaram a inanimação das palavras em tons de vozes diversos e nem sempre corretos. Esses serviços ajudaram para o bem e para o mal. Construíram e destruíram relações. Janela de bato-papo do Google Estava, outro dia, tentando conversar pelo bate-papo do Google, o Gtalk, com uma pessoa que simplesmente era incapaz de ler as palavras sem imaginar o meu tom de voz. É evidente que nunca conseguimos ter uma conversa saudável. Aliás, até hoje não temos uma conversa saudável; quer dizer, até hoje não conversamos. Então é notório que quando o serviço de bate-papo destrói a comunicação, todo o resto também é destruído. Por outro lado, o bate-papo do Facebook também piora tudo com o mecanismo de mostrar quem visualizou ou não a conversa. Isso é igualmente destrutivo. Mas aproximam as pessoas na medida em que existe a impossibilidade de comunicaçã...

Distância entre dois pontos #06

Nem sempre a menor distância entre dois pontos é uma reta. Pode ser também curvas, conjunto de círculos...O que determinará o percurso entre os pontos(geralmente dois) são as condições em que esses pontos são submetidos levando-se em consideração a relação entre eles e tudo o que já passaram ou poderão passar juntos e/ou separados.Cada ponto possui características próprias que invariavelmente verbaliza suas emoções de maneira peculiar a cada ambiente pontual. Características que mudam, evoluem, retrocedem e participam ativamente na construção ou destruição do caminho a ser percorrido pelo objeto locomotivo ou automotivo entre esses dois pontos. Pontualescamente tratados como formas comparativas apenas os pontos que formam o caminho e os que são ligados por esses é que são ditados, mas nunca considerados como agentes ligantes (ou não). Alheia à vontade dos pontos, o mundo tenta introduzi-los de alguma forma a todo os contextos possíveis à imaginação. Pobres pontos, escravos de situa...

Um conto para Melissa

No corredor cinza-e-branco o tempo não podia ser medido apenas por um relógio digital, na tela de um aparelho celular, cujo plano de fundo sempre lembrava o mais lindo sorriso que já viu. Também não podia ser aprisionado durante aqueles breves instantes em que a luz do visor se mantém acesa e seus olhos buscaram, naquele rosto, todo o amor que emanavam dos núcleos das minhas células para aquele corpo, tão distante e tão perto, que era retratado ali, na única forma de segurar brevemente o tempo – a fotografia. O tempo, imensurável, transformou-se em bits, que enviaram por meio das micro-ondas, uma simples mensagem de texto que chegou atrasada no celular de destino simplesmente por que a operadora de telefonia móvel oferecia mais linhas e promoções do que sua estrutura podia suportar. Mesmo assim, talvez a mensagem tenha cumprido sua missão – já que a pessoa pode ter caído de emoção ao recebê-la – ou não. Só que outra mensagem nunca chegou de volta, dizendo o que quer que fosse. N...